Brasil dobrou venda de munições para arma de fogo nos últimos quatro anos
Somente em 2021, país vendeu cerca de 44 mil cartuchos e munições por hora
Foto: Agência Brasil
Segundo dados do Sistema de Controle de Venda e Estoque de Munições (Sicovem), do Comando do Exército, o número de munições e cartuchos comercializados no Brasil dobrou nos últimos quatro anos.
Somente em 2021, foram vendidos 393,4 milhões desses produtos no país ante 195,7 milhões em 2018, registrando um aumento de 101%. Os números são analisados durante o período do governo de Jair Bolsonaro (PL), presidente que incentiva desde a campanha o armamento de civis.
Os dados apontam que o segmento com maior representatividade na venda de munições é o "varejo", em seguida estão as de uso institucional; e em terceiro, a aquisição por caçadores, atiradores e entidades de tiro desportivo.
O Exército, no entanto, não define quem são os públicos que se encaixam no "varejo" e se estes englobam civis com posse e porte de arma.
O sistema, no entanto, seleciona separadamente os números relativos a Forças Armadas, polícias e órgãos do governo, definidos como "integrantes de órgãos e instituições", "Forças Armadas" e "uso institucional".
A venda de munições acompanha a de armas, já que, em 2021, foi apontado um aumento de 333% no número de novos registros de armas para CACs (caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo) na comparação com 2018.