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Brasil é convidado para cúpula sobre conflito Israel-Hamas no Egito

Encontro visa discutir crise humanitária na Faixa de Gaza e pressiona por abertura de corredor humanitário

Por Da Redação
Ás

Brasil é convidado para cúpula sobre conflito Israel-Hamas no Egito

Foto: Agência Brasil

O Brasil foi convidado pelo Egito para participar de uma cúpula internacional dedicada ao conflito entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas. O encontro está agendado para o próximo sábado (21), na cidade do Cairo. Até o momento, o governo brasileiro não confirmou qual autoridade representará o país.

Essa reunião, anunciada na terça (17), foi organizada de forma urgente pelo governo egípcio em resposta à escalada do conflito na região nos últimos dias, agravada pela explosão de um hospital na Faixa de Gaza. O tema central das discussões será a atual crise humanitária no enclave palestino.

De acordo com o governo do Egito, a cúpula do próximo sábado tem como objetivo abordar questões que possam intensificar a colaboração para fornecer a assistência humanitária necessária à região da Faixa de Gaza. Outros convidados para a cúpula incluem líderes da Turquia, Iraque e Qatar, além de representantes de diversas nações árabes e da região do Golfo. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se encontra em Tel Aviv, também pode comparecer, desde que inclua o Egito em sua próxima viagem ao Oriente Médio, conforme relato do jornal americano The Washington Post. A Espanha, atualmente detentora da presidência rotativa da União Europeia, também recebeu o convite das autoridades egípcias, assim como a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.

O Planalto ainda não decidiu quem representará o Brasil na reunião. Nesta quarta-feira (18), o chanceler Mauro Vieira declarou que não irá ao Egito, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda se recupera de uma cirurgia no quadril e nas pálpebras realizada no fim de setembro.

No centro da cúpula está a crescente pressão sobre o Egito para permitir que a população civil de Gaza, com a qual compartilha uma fronteira, atravesse a chamada passagem de Rafah em busca de refúgio dos contínuos bombardeios israelenses e da iminente invasão terrestre. No entanto, o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, demonstra relutância em receber o fluxo de um número significativo, ainda que desconhecido, de refugiados palestinos. Mesmo diante dos apelos internacionais, como o do Brasil, para a abertura de um corredor humanitário, as autoridades egípcias ainda resistem em definir um momento para tal medida.

Em 1948, após a fundação de Israel, dezenas de milhares de palestinos inundaram o Egito, transformando a cidade de Rafah em um campo de refugiados. As tendas deram lugar a barracos, que por sua vez se converteram em estruturas simples para acomodar o que se tornou uma população egípcio-palestina.

Nesta quarta-feira, al-Sisi sugeriu que os civis palestinos deslocados pelo conflito deveriam ser realocados para uma área desértica dentro de Israel, conhecida como Nakab ou Negev. "Eu sugeriria que Israel transferisse civis palestinos para o deserto de Nakab, em Israel, até que concluísse suas operações com o Hamas e outras milícias islâmicas", declarou El-Sisi.

O líder egípcio ressaltou que o Egito já abriga atualmente 8,5 milhões de refugiados e não tem capacidade para acomodar mais pessoas. Ele também expressou preocupação com os potenciais riscos à segurança de um influxo significativo de palestinos para o país.

Em relação à diplomacia brasileira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viaja na noite da quarta-feira (18), rumo a Nova York, nos Estados Unidos. A viagem já estava previamente agendada devido aos compromissos do Brasil na presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas. No entanto, o chanceler adiantou que espera ter outros encontros com foco na questão do conflito entre Israel e o Hamas.

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