Brasil gera quase 150 mil empregos formais em maio, aponta Caged
Serviços lideram criação de empregos em maio, mas governo avalia que juros elevados limitam avanço do mercado formal

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O mercado de trabalho brasileiro registrou a criação de 149 mil empregos com carteira assinada em maio, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo positivo decorre de 2,25 milhões de contratações e 2,10 milhões de desligamentos no período.
O resultado representa um avanço de 7% em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando foram criadas cerca de 139,5 mil vagas formais. No acumulado de 2025, o país soma 1,05 milhão de novos postos de trabalho.
Em maio, todos os cinco principais setores econômicos apresentaram saldo positivo. O segmento de serviços puxou a fila, com 70 mil novas vagas, seguido por comércio (23 mil), indústria (21 mil), agropecuária (17 mil) e construção civil (16 mil). O salário médio de admissão no mês foi de R$ 2.248,71.
Entre as unidades da federação, 26 das 27 registraram crescimento no emprego formal, com destaque para São Paulo (33 mil vagas), Minas Gerais (20 mil) e Rio de Janeiro (13 mil). O Rio Grande do Sul foi o único estado com saldo negativo, contabilizando 115 demissões, resultado impactado pelos efeitos das enchentes no período.
Durante a divulgação dos dados, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, comentou sobre os desafios do mercado de trabalho e voltou a criticar o patamar atual da taxa básica de juros, fixada em 15% ao ano. “Somos escravos do juro alto, que atrapalha um pouquinho. Se não estivesse nesse patamar, poderíamos estar crescendo um pouco mais”, afirmou o ministro.
Os números de maio reforçam a tendência de recuperação gradual do emprego formal no país, apesar das restrições impostas pelo cenário de juros elevados e pela necessidade de equilíbrio fiscal do governo.