Brasil já registra mais de 3 milhões de casos de dengue
Bahia tem 265 municípios em epidemia
Foto: Fiocruz
O Brasil já registrou 3.062.181 de casos prováveis de dengue apenas nos 4 primeiros meses de 2024. O número corresponde a quase o dobro do número de casos registrados em todo o ano de 2023, quando houve 1,6 milhão de casos. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, desde o início do ano, foram registradas 1.256 mortes por dengue em todo o país, e mais 1.857 óbitos seguem sob investigação.
Os dados divulgados trazem ainda um panorama da situação nos Estados. Segundo a divulgação, nove Estados estão com tendência de queda consolidada no número de casos de dengue: Acre, Roraima, Amazonas, Tocantins, Goiás, Piauí, Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal.
Já Rondônia, Pará, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam tendência de estabilidade no número de casos. Entre os que apresentam tendência de aumento dos casos de dengue estão Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe.
De acordo com a Sesab, a Bahia possui 265 municípios em epidemia, no entanto, apresenta uma taxa de letalidade de 2,8%, menor do que a média nacional.
Até a sexta-feira (12), data do último boletim, foram confirmados 37 óbitos por dengue nos municípios de Vitória da Conquista (8), Jacaraci (4), Feira de Santana (3), Juazeiro (3), Piripá (3), Caetité (2), Santo Antônio de Jesus (2), Barra do Choça (1), Caetanos (1), Campo Formoso (1), Carinhanha (1), Coaraci (1), Encruzilhada (1), Guanambi (1), Ibiassucê (1), Irecê (1), Palmas de Monte Alto (1), Santo Estêvão (1) e Seabra (1). Ao todo, houve o registro de 128.999 casos prováveis de dengue na Bahia.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) orienta que os gestores intensifiquem as ações de vigilância ambiental para reduzir a infestação do vetor (Aedes aegypti), bem como que mantenham as ações de vigilância epidemiológica, com o registro de todos os casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e o manejo clínico precoce dos casos suspeitos, também sinaliza a necessidade de recursos humanos e financeiros extras para lidar com esse desafio adicional dentro do contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).