Política

Brasil não assina comunicado final da cúpula para a Paz na Ucrânia

Lula diz que presidentes da Ucrânia e Rússia deveriam se sentar à mesa

Por Da Redação
Ás

Brasil não assina comunicado final da cúpula para a Paz na Ucrânia

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Brasil foi um dos países que não assinou o comunicado final da Cúpula, neste domingo (16), para a Paz na Ucrânia, documento que pede o envolvimento de todas as partes nas negociações para alcançar a paz e "reafirma a integridade territorial" ucraniana.

Em entrevista coletiva na Itália nesse sábado (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), revelou que decidiu não participar do encontro internacional porque o Brasil só participaria das discussões de paz quando os dois lados em conflito, Ucrânia e Rússia, estivessem dispostos a negociar. “Não é possível você ter uma briga entre dois e achar que se reunindo só com um, resolve o problema”, disse Lula.

Lula destacou que o Brasil, em parceria com a China, já propôs uma negociação efetiva para a solução do conflito. “Há muita resistência, tanto do Zelensky quanto do Putin, de conversar sobre paz. Cada um tem a paz na sua cabeça, do jeito que quer. Estamos propondo, após um documento assinado com a China, que haja uma negociação efetiva”, afirmou o presidente.

Ele enfatizou a importância de colocar a Rússia e a Ucrânia na mesa de negociações para buscar um acordo de paz que evite mais mortes e destruição. “Quando os dois tiverem disposição, estamos prontos para discutir”, acrescentou Lula.

O Brasil enviou a embaixadora na Suíça, Claudia Fonseca Buzzi, para representar o país no encontro. O presidente ucraniano também esteve presente para obter apoio internacional ao seu plano de acabar com a guerra iniciada pela invasão russa.

Divergências na cúpula

Ao fim da Cúpula para a Paz na Ucrânia, não houve unanimidade entre as 101 delegações participantes. O documento final foi assinado por 84 países, incluindo lideranças da União Europeia, Estados Unidos, Japão, Argentina, Somália e Quênia.

O comunicado final dos países signatários enfatiza a importância de salvaguardar a soberania, independência e integridade territorial de todos os Estados. Além disso, estabelece que o uso de energia e instalações nucleares deve ser seguro e protegido, destacando a necessidade de operação segura das instalações nucleares ucranianas, incluindo Zaporizhia.

Segundo a agência de notícias Efe, países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, membros do BRICS, não assinaram o documento. Outros países que não assinaram incluem Armênia, Bahrein, Indonésia, Líbia, Arábia Saudita, Tailândia, Emirados Árabes Unidos e México.

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