Brasil ocupa 57ª posição no ranking de Competitividade Digital em 2023
Queda de cinco posições coloca o Brasil entre os países de pior desempenho
Foto: Reprodução/Getty Images
O Brasil enfrenta um cenário desafiador no âmbito da competitividade digital, ocupando a 57ª posição entre 64 países, conforme aponta o Anuário de Competitividade Digital de 2023, desenvolvido pelo IMD em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). A queda de cinco posições em relação ao ano anterior reflete o agravamento em todos os aspectos avaliados no estudo. As informações são do portal Metrópoles.
Nos indicadores específicos, o país enfrenta sua posição mais baixa em tópicos cruciais como "experiência internacional da força de trabalho," "habilidades tecnológicas," e "estratégias de gestão das cidades para apoiar o desenvolvimento de negócios." A questão do talento, em particular, coloca o Brasil na última posição, abrangendo desenvolvimento de habilidades digitais, atração de estrangeiros qualificados e experiências internacionais dos profissionais do setor.
Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC, destaca a falha do Brasil em todos os níveis na formação de talentos. Segundo ele, essa deficiência se inicia nas escolas, persiste nos cursos superiores e se estende às empresas, que não promovem treinamento adequado.
Embora tenha alcançado resultados satisfatórios em áreas como gastos públicos em educação e representatividade feminina em pesquisas científicas, o Brasil apresentou quedas em todos os itens avaliados. A escassez de talentos e a falta de investimento em capacitação emergem como desafios centrais, afetando negativamente a competitividade digital do país.
A análise global revela que, enquanto os Estados Unidos reassumem a liderança do ranking, outros países europeus e asiáticos demonstram melhorias significativas. A Bulgária representa a única nação europeia entre as piores classificadas, enquanto a Ásia mantém sua presença forte, liderada por Singapura.