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Brasil pede 0,1% do PIB anualmente por causa das mudanças climáticas, diz secretário do Meio Ambiente

Segundo João Paulo Copobianco, a gestão trabalha para conter as emissões do CO²

Por Da Redação
Ás

Brasil pede 0,1% do PIB anualmente por causa das mudanças climáticas, diz secretário do Meio Ambiente

Foto: Fernando Donasci

Entre os eventos extremos que atingiram o Acre, o litoral paulista e mais recentemente o Espírito Santo, calcula-se que o Brasil perde 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) a cada ano como resultado das mudanças climáticas. As informações são do secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, em entrevista à CNN.

“O Brasil perde recursos significativos e necessários ao seu crescimento e desenvolvimento por conta das mudanças climáticas”, disse. 

Em um dos efeitos visíveis, o chamado “Super El Niño” — impulsionado por alterações no clima —, leva a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a revisar repetidamente para baixo sua previsão para a safra 2023/2024.

“Temos de incorporar a dimensão climática no planejamento do país e adotar medidas de adaptação. É algo urgente, que precisa ser feito. O Brasil começa a fazer isso, mas precisa acelerar o processo. É o que vai permitir minimizar este impacto sobre a economia e sobre a vida das pessoas”, diz.

O combate às mudanças climáticas acontece em duas frentes, explica o “número 2” da pasta. A primeira, definida como “mitigação”, busca frear as emissões de carbono, que levam ao aquecimento global.

Já a segunda foca em adaptar o território brasileiro para os eventos que não podem mais ser evitados.

O Brasil é o sétimo país que mais emite CO₂ no mundo, e a maioria deste volume tem origem no desmatamento (49%), o chamado “uso da terra”.

O secretário celebra a redução das ações de degradação da Mata Atlântica e, especialmente, da Amazônia, de 50%, em 2023, mas admite dificuldades no Cerrado, onde houve aumento de 43% no ano passado.

Para Capobianco, há avanços nesta frente, com o desenvolvimento de tecnologias pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e incentivos à sustentabilidade no Plano Safra 2024, mas é necessário ampliar o uso efetivo das novas técnicas.

No caso da segunda frente de “combate” às mudanças climáticas, os esforços estão voltados especialmente à adaptação de infraestruturas — viárias, urbanas, de comunicação e diversas outras — a fim de que suportem os eventos extremos já dados e impeçam tragédias humanitárias e econômicas.

Entre os mecanismos trabalhados pelo governo para atração desses recursos estão os títulos soberanos verdes, cuja primeira emissão no mercado internacional rendeu US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões).

Esse dinheiro será destinado ao Fundo Clima, voltado a financiar este tipo de infraestrutura a juros mais baixos.

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