Brasil pode ter nova nova onda de Covid-19 em 2022, aponta projeção de cientistas
O estudo leva em conta a taxa média de proteção das vacinas aplicadas no país

Foto: Reprodução/Agência Brasil
A vacinação contra a Covid-19 tem avançado no Brasil, no entanto, o país pode voltar a ter um novo pico de infecções e mortes pela doença em 2022. É o que aponta as projeções feitas pelo Grupo de Pesquisa Interdisciplinar Ação Covid-19.
O estudo leva em conta a taxa média de proteção das vacinas aplicadas no país: CoronaVac (50%), Janssen (66%), AstraZeneca (76%) e Pfizer (95%), e uma eventual queda do nível dos anticorpos conferidos por elas após 12 e 18 meses.
Outro parâmetro incluído é a taxa de vacinação de cada estado ou cidade, nível de isolamento e densidade demográfica, por exemplo.
Desta forma, foi concluíodo que, se não houver uma revacinação no início de 2022, exista um risco de um novo surto de Covid-19 no país entre abril e setembro, a depender da duração da imunidade dos imunizantes.
"Já se observa no país a diminuição das medidas de prevenção, com retorno às atividades comerciais e às aulas presenciais, aglomerações em espaços de lazer, realização de festivais de música e eventos esportivos, o que amplia continuamente o risco de transmissão e surgimento de novas variantes, principalmente em cidades com baixo IPC, alta densidade e polos turísticos como o exemplo hipotético da cidade de Olinda-PE", alerta o estudo.
A flexibilixação as atividades não essenciais é uma das preocupações dos especialistas. No país, menos de 25% ou um terço dos adultos estão completamente vacinados com a primeira e segunda dose ou dose única contra o vírus.
A chegada a variante Delta também aumenta o temor em relação as ondas de infecção, mesmo entre os vacinados.
"As ações dos governos acerca da pandemia e a adoção ou não das medidas individuais e coletivas de prevenção da covid-19 pela população também são fatores significativos no impulsionamento de novos surtos da doença. Este novo contexto social trazido pela presença do coronavírus alterou fundamentalmente o estilo de vida dos cidadãos e passou a exigir um conjunto de novos comportamentos, como o uso de máscaras, a adoção de protocolos de higiene, e a diminuição da vida social presencial", complementam os autores do estudo.