Brasil segue com juros reais mais altos do mundo mesmo após corte na Selic
O ranking é feito mensalmente pelo economista Jason Vieira
Foto: Agência Brasil
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, na última quarta-feira (2), por fazer o primeiro corte de juros depois de um ano de estabilidade. O Banco Central reduziu juros brasileiros para 13,25% ao ano, mesmo assim, se descontar a inflação, a taxa brasileira continua sendo a maior do mundo.
A lista feita mensalmente pelo economista Jason Vieira e divulgada no portal de investimentos MoneYou coloca o Brasil em primeiro lugar das 40 maiores economias. Os juros reais representam a taxa de juros descontada da inflação e têm um impacto significativo. Com a Selic atual em 13,25%, os juros reais brasileiros atingem 6,68%.
Essa taxa supera as de países como México, Colômbia e Chile, que registram juros reais de 6,64%, 6,15% e 4,6%, respectivamente. O cálculo dos juros reais considera tanto a inflação quanto as projeções do mercado para os juros futuros nos próximos 12 meses, pois essas variáveis influenciam a economia e as decisões do Banco Central em relação à Selic.
No caso do Brasil, o cálculo usou a inflação projetada para os próximos 12 meses, que é de 4,07% de acordo com o Boletim Focus do Banco Central. Os juros utilizados foram a taxa DI com vencimento em outubro de 2024, que é a data mais próxima com maior volume de negociações.
Confira a lista com as 10 maiores taxas de juros reais (em porcentagem):
1 - Brasil: 6.68
2 - México: 6.64
3 - Colômbia: 6.15
4 - Chile: 4.6
5 - África do Sul: 3.82
6 - Filipinas: 3.8
7 - Indonésia: 3.63
8 - Hong Kong: 2.83
9 - Reino Unido: 2.36
10 - Israel: 2.23