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Brasil tem 338 encarcerados a cada 100 mil habitantes

Bahia tem a menor taxa do país, com 103 presos para cada 100 mil

Por Da Redação
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Brasil tem 338 encarcerados a cada 100 mil habitantes

Foto: Reprodução/G1

Dados do Monitor da Violência, uma parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que apesar de ter conseguido diminuir a superlotação e o percentual de presos sem julgamento nas cadeias, o Brasil continua sendo um dos países que mais prendem no mundo. 

O Brasil tem 338 pessoas presas para cada 100 mil habitantes. A taxa considera o número de presos dentro do sistema (710.240) e o de habitantes (210,1 milhões). Com esse dado, o Brasil fica na 26ª posição em um ranking de aprisionamento com outros 222 países e territórios.

Considerando o número absoluto de presos, o Brasil ocupa a 3ª posição, atrás apenas de China e Estados Unidos.
Já os números dos demais países e territórios são da "World Prison Brief", do Instituto de Pesquisa de Política Criminal da Universidade de Londres. A base de dados reúne as informações mais recentes de cada local.

Taxa menor em 2019
Em 2019, a taxa prisional do Brasil era menor: 335 presos para cada 100 mil habitantes.

Apesar disso, o número de pessoas presas subiu menos na comparação de 2019 com 2020. Mais 5.845 pessoas engrossaram as estatísticas de encarceramento nesse período, o que representa um aumento de 0,8%. Nos anos anteriores, esse percentual era maior. Na comparação de 2018 com 2019, o número de presos subiu 2,6%. Já na comparação de 2017 com 2018, a variação foi de 2,8%.

Assim como no levantamento anterior, as taxas de aprisionamento por estado continuam discrepantes. O Acre tem a maior taxa do país, com 927 presos para cada 100 mil habitantes. Esse percentual é superior ao registrado por todos os países do ranking. Já a Bahia tem a menor taxa do Brasil, com 103 presos para cada 100 mil. Nesse caso, a taxa é próxima às de Luxemburgo, Canadá e Itália.

Taxa de presos provisórios
O levantamento também mostra que 212.829 presos ainda aguardam um julgamento – o que equivale a 31% do total de presos (sem contar Goiás, que não passa os dados). Nesse caso, o Brasil fica na 100ª posição, com uma taxa de presos provisórios próxima às de Itália, Suécia e Afeganistão.

Os dados do ranking também são da "World Prison Brief", do Instituto de Pesquisa de Política Criminal da Universidade de Londres, e permitem comparar a taxa do Brasil com as de outros 216 países e territórios.

Os dados apontam que há hoje no país 710.240 presos para uma capacidade total de 423.389, um déficit de 286.851 vagas. Se forem contabilizados os presos em regime aberto e os que estão em carceragens da Polícia Civil, o número chega a 756 mil.
 

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