Brasil tem mais de 1 milhão de escravos contemporâneos, diz estudo
Em relação ao ranking mundial, país está em 11º lugar
Foto: Reprodução/Pixabay
O Índice de Escravidão Global 2023, divulgado pela Walk Free na quarta-feira (24), mostra que o Brasil tem 1,05 milhão de pessoas em situação de escravidão contemporânea. Com isso, o Brasil se encontra em 11º lugar entre 160 países, atrás da Índia (11 milhões), China (5,8 mi), Coréia do Norte (2,6 mi), Paquistão (2,3 mi), Rússia (2,9 km), Indonésia (2,9 km), Nigéria (2,6 km), Turquia (2,1 km), Bangladesh (1,8 km) e Estados Unidos (1,8 km).
Em relação aos dados que analisam a prevalência da escravidão em relação ao tamanho da população, os dez primeiros países são a Coréia do Norte (104,6 escravizados por mil habitantes), Eritreia (90,3), Mauritânia (32), Arábia Saudita (21,3), Turquia (15,6), Tajiquistão ( 14), Emirados Árabes Unidos (13,4), Rússia (13), Afeganistão (13) e Kuwait (13).
A Walk Free estima que o Brasil tenha 5 escravizados para cada mil habitantes, localizando-o no grupo com média-baixa prevalência. Mas ainda distante de países como Finlândia (1,4), Japão (1,1), Irlanda (1,1), Bélgica (1,0), Dinamarca (0,6), Suécia (0,6), Holanda (0,6), Alemanha (0,6), Noruega (0,5) e Suíça (0,5).
Escravizados no mundo
O estudo da Walk Free estima que cerca de 50 milhões de pessoas viviam em condições de escravidão em todo o mundo em 2021. Em 2016, o número de escravizados era 10 milhões menor. “Esse aumento ocorreu em um cenário de conflitos crescentes e mais complexos, degradação ambiental generalizada, migração induzida pelo clima, retrocesso global dos direitos das mulheres e psicológicos e sociais da pandemia de Covid-19”, afirma a instituição.