Brasil tinha 1,4 milhão de empresas comerciais em 2019
Levantamento foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Foto: Agência Brasil
Dados da Pesquisa Anual do Comércio 2019 (PAC 2019), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (29), apontam que o Brasil tinha, em 2019, cerca de 1,4 milhão de empresas comerciais com 1,6 milhão de unidades locais, ou lojas, cuja receita operacional líquida alcançava R$ 4 trilhões.
Na época, as empresas tinham 10,2 milhões de empregados e, segundo a pesquisa, estima-se que entre salários, retiradas e outras remunerações, foram gastos cerca de R$ 246,4 bilhões com esses trabalhadores.
O valor adicionado bruto gerado por essas companhias atingiu R$ 660,7 bilhões. Entre 2014 a 2019, o número de empresas comerciais sofreu redução de 11% (menos 177,3 mil companhias) e o de lojas caiu 8,1% (ou menos 140,6 mil).
Em 2019, em comparação a 2010, o comércio por atacado, que é o principal segmento do comércio, ampliou a participação de 42,7% para 45,2% da receita. Da mesma forma, o varejo subiu de 42% para 44,9%. Por outro lado, o comércio de veículos, peças e motocicletas caiu de 15,3% para 9,9%.
De acordo com a pesquisa, a primeira atividade comercial, em termos de participação na receita operacional líquida, foi a de hipermercados e supermercados, que passou de 10,6% em 2010, para 12,9% em 2019.
A margem de comercialização, despesas que consumidores pagam aos intermediários pelo processo de comercialização, das empresas comerciais existentes no Brasil, em 2019, somou R$ 864,3 bilhões. Já a taxa de margem de comercialização, divisão da margem de comercialização pelo custo das mercadorias vendidas, foi de 27,6% em 2010, crescendo para 28,8%, em 2019.
A pesquisa do IBGE mostra que, com exceção da atividade de comércio varejista de combustíveis e lubrificantes, todas as atividades do segmento do comércio varejista e do comércio de veículos, peças e motocicletas aumentaram a margem de comercialização entre 2010 e 2019.
Regiões
A pesquisa aponta ainda que a Região Sudeste concentrava, em 2019, 50% da receita bruta de revenda do comércio do país, detendo quase metade (49,6%) das unidades locais. A segunda posição foi ocupada pela Região Sul, com 20,8%. Em 2019, São Paulo foi o único estado brasileiro a registrar empresas comerciais com participação da receita bruta de revenda acima de 50%, aparecendo com 61,1%. Seguem-se com participação superior a 30% o Paraná (37,2%), Pará (36,9%), Rio Grande do Sul (33,8%), Goiás (33,7%) e Mato Grosso (33,2%).