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Brasileira denuncia tentativa de estupro após companhia aérea obrigá-la a dividir quarto de hotel com estranho em Paris

Caso ocorreu após o cancelamento de um voo da TAP para Lisboa; passageira pede indenização de R$ 50 mil

Por Da Redação
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Brasileira denuncia tentativa de estupro após companhia aérea obrigá-la a dividir quarto de hotel com estranho em Paris

Foto: Arquivo Pessoal para Portugal Giro | Divulgação

Uma brasileira denunciou ter sofrido uma tentativa de estupro em Paris, após ser obrigada pela companhia aérea TAP a dividir o quarto de hotel com desconhecidos, depois do cancelamento de um voo para Lisboa.

A vítima, que preferiu preservar a própria identidade, relatou ao Portugal Giro que o voo sairia às 21h05 do dia 31 de maio, mas foi cancelado. A TAP então programou uma nova partida para o dia 1º de junho, às 10h20.

Segundo a brasileira, os passageiros já estavam na aeronave, mas tiveram que sair e seguir para o balcão de atendimento da TAP, que distribuiu vouchers de reservas para quartos de hotéis. Neste momento, ela foi informada que não havia quartos individuais suficientes para acomodar todos.

“Fui informada que eu teria que dividir um quarto com outros passageiros. Eu me recusei, exigindo um quarto só para mim, mas fui informada que essa não era uma opção: ou aceitava, ou pagava do próprio bolso, algo inviável para mim em Paris”.

Ela relata ainda que foi alocada em um quarto com uma alemã e um homem brasileiro. Durante a noite, ela acordou com um homem nu em cima dela.

“A alemã saiu do quarto e eu fui acordada com o homem nu em cima de mim, beijando meu pescoço, me segurando, tentando me estuprar. Por sorte, consegui me defender, gritei e ele deixou o quarto. Ainda assim, as marcas do episódio permanecem”, disse.

A mulher disse que buscou a TAP em Lisboa,  mas não teve resposta. “Busquei, então, apoio no Brasil, tanto psicológico quanto jurídico, e abri um processo de pequenas causas contra a companhia, por assédio moral e negligência”.

Um Boletim de Ocorrência de importunação sexual consumada em delegacia brasileira foi realizado. A TAP então propôs uma indenização de R$3 mil inicialmente, chegando ao máximo de 5 mil. As ofertas foram recusadas pela vítima, que pede teto indenizatório de R$ 50 mil.

A mulher alemã, que dividiu o quarto com a brasileira, avisou em um bilhete que iria embora. Ela voltou para o aeroporto e, depois, concordou em testemunhar por escrito. Segundo ela, encontrou a vítima no dia seguinte “visivelmente abalada”.

“Fui informada de que dividiria um quarto com mais duas pessoas desconhecidas, entre elas a brasileira. Não consegui dormir e decidi retornar ao aeroporto, deixando a brasileira com o desconhecido (...) A divisão do quarto foi imposta pela cia. aérea, sem qualquer possibilidade de recusa ou escolha individual, colocando (passageiras) em situação de vulnerabilidade e insegurança”.

Até o momento, a TAP não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

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