• Home/
  • Notícias/
  • Mundo/
  • Brasileiros chegam ao sul de Gaza e aguardam para cruzarem fronteira com Egito
Mundo

Brasileiros chegam ao sul de Gaza e aguardam para cruzarem fronteira com Egito

Eles percorreram cerca de 25 quilômetros em ônibus fretado pelo governo do Brasil

Por Da Redação
Ás

Brasileiros chegam ao sul de Gaza e aguardam para cruzarem fronteira com Egito

Foto: Reprodução/Redes sociais

Um ônibus com 19 brasileiros deixou a região norte de Gaza em direção à cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, próxima à fronteira com o Egito. O veículo foi fretado pelo governo brasileiro, com o intuito de retirar os cidadãos da área mais atingida pelos conflitos.

Segundo fontes do Itamaraty, os brasileiros chegaram bem ao destino, após percorrerem 25 quilômetros em duas horas. Em condições normais, o mesmo trajeto seria feito em apenas 30 minutos.

Além do grupo que acaba de chegar, outros 12 brasileiros já estão na região. Eles devem ficar hospedados no prédio de uma família brasileira que mora em Khan Yunis até que consigam sair da Faixa de Gaza.

Espera-se que eles saiam do local através da passagem de Rafah, que fica no sul de Gaza e faz fronteira com o Egito, mas a fronteira ainda está fechada. 

De acordo com o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Viera, o Egito aceitou receber os brasileiros que desejem sair da Faixa de Gaza

Rastro de destruição

Diante do conflito, o Itamaraty já confirmou a morte de três brasileiros, Karla Stelzer, Bruna Valeanu e Ranani Nidejelski Glazer  que participavam de uma festa próxima à Faixa de Gaza no último sábado (07). 

 

A escalada do conflito causa um deslocamento em massa em Gaza. Segundo o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, Ocha, mais de 338 mil pessoas estão deslocadas, um aumento de 30% em apenas um dia. 

Mais de 218 mil estão abrigadas nas escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestinos, Unrwa. Em Gaza, mais de 2,5 mil casas foram destruídas ou danificadas gravemente e 23 mil sofreram danos moderados ou leves.

Até o momento, pelo menos 88 instalações educacionais foram atingidas, incluindo 18 escolas da Unrwa, duas das quais eram usadas como abrigos de emergência para deslocados, além de 70 escolas da Autoridade Palestina. 

Segundo a ONU, a única usina de energia ficou sem combustível e parou de funcionar, deixando a região sem eletricidade. Desde o início do conflito, sete importantes instalações de água e saneamento que atendem a mais de 1 milhão de pessoas foram atingidas por ataques aéreos e sofreram danos graves. 

O Ocha afirma que esgoto e resíduos sólidos estão se acumulando nas ruas, representando um risco à saúde. Metade das padarias tem estoque de farinha de trigo para menos de uma semana, enquanto 70% das lojas relatam estoques de alimentos significativamente reduzidos.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário