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Brasileiros dizem ter confiança para administrar gastos, mas tropeçam em conceitos de juros e inflação

A pesquisa também mostra que os brasileiros reconhecem ter pouco conhecimento formal sobre economia

Por FolhaPress
Às

Brasileiros dizem ter confiança para administrar gastos, mas tropeçam em conceitos de juros e inflação

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A maioria dos brasileiros afirma saber gerir as próprias finanças e ter confiança para administrar despesas, mas percentuais semelhantes mostram dificuldade para responder perguntas simples sobre juros e inflação.

Os dados foram publicados por pesquisa da Ipsos UK, a pedido do Santander, divulgada nesta quinta-feira (4). O levantamento entrevistou 19,9 mil adultos online, de 25 de abril a 21 de maio de 2025, em dez países: Reino Unido, Espanha, Polônia, EUA, Argentina, Brasil, Chile, México, Portugal e Uruguai. As amostras são representativas das populações nacionais, com cotas de idade, sexo, região e situação empregatícia.

No caso dos juros, a pergunta apresentada foi: "Quanto dinheiro você esperaria ter se colocasse US$ 100 em uma conta poupança com juros anuais de 2%, após um ano?". A resposta – um valor acima de US$ 100 por conta do rendimento – incorreta foi dada por 67% dos brasileiros (na média global, 48% dos entrevistados erraram a resposta).

Sobre inflação, o levantamento questionou: "Suponha que a taxa anual de inflação no seu país caia pela metade, mas permaneça acima de zero. O que acontecerá com o custo geral de bens e serviços daqui a um ano?". A resposta certa é que os preços continuariam subindo, porém em ritmo menor. No Brasil, 73% erraram (México, EUA, Reino Unido, Portugal, Polônia e Chile tiveram índices de acerto maiores).

A pesquisa também mostra que os brasileiros reconhecem ter pouco conhecimento formal sobre economia. O país é o segundo em que menos pessoas dizem entender de finanças (49%), à frente apenas do Uruguai (41%).

O baixo nível de conhecimento se manifesta no interesse por disciplinas de educação financeira e na busca por iniciativas formais de educação financeira.

Para os brasileiros, a disciplina é vista como a segunda mais importante, atrás apenas de matemática, com 96% das menções. O percentual está em linha com outros países da pesquisa.

O Brasil, contudo, aparece acima da média dos países em que a população admite ter feito algum curso sobre o tema: 27% dos entrevistados afirmam ter feito alguma formação no tema, ante apenas 20% no conjunto dos países.

Os brasileiros também manifestam interesse em aprender mais sobre três temas: investimentos (67%), poupança (67%) e orçamento doméstico (53%). No mundo, os mais citados são investimentos (63%), poupança (61%) e impostos (51%).

A pesquisa ainda aborda a relação prática com o dinheiro. No Brasil, 84% dizem acompanhar os gastos mensais, mas ter dificuldade em se planejar para o futuro: 47% afirmam guardar dinheiro para despesas apenas de curto prazo, como compromissos a três meses.

O resultado dialoga com pesquisa Datafolha encomendada pela Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro), divulgada em novembro. Nela, a maior parte dos brasileiros (59%) afirmou ser razoavelmente, muito ou extremamente planejada financeiramente, mas 43% disseram não ter reserva para imprevistos.

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