Brasileiros que escanearam íris enfrentam dificuldades para obter suporte do app

Brasileiros que escanearam a Íris em troca de dinheiro enfrentam dificuldades para obter suporte da World após o registro. Na última terça-feira (11), a empresa decidiu interromper novos registros no Brasil após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibir a remuneração de pessoas pela coleta da biometria. As informações são do g1. 

A ANPD, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, afirma que os participantes ignoram "os riscos envolvidos e a própria finalidade da coleta".

O órgão governamental também ordenou que a World apresentasse um encarregado pelo tratamento de dados pessoais no Brasil, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

"Tentei entrar em contato pelo chat do app várias vezes e o problema não foi resolvido. Então, decidi vir aqui na loja. Aí me disseram que talvez eu tenha sido banida por alguma atividade suspeita. Mas que atividade? Não sei, e não deixei ninguém mexer no celular. Perdi a conta e o dinheiro", diz Vivian Caramaschi, de 48 anos.

O projeto libera 20 criptomoedas "Worldcoin" 24 horas após o escaneamento da Íris, e as outras 28 moedas são distribuídas mensalmente ao longo de um ano. O usuário pode vender essas moedas e trocá-las por até R$ 600. 

De acordo com a publicação, a World foi procurada mas informou que não consegue quantificar o número de pessoas com problemas, pois todo o processo é anônimo.

Vivian Caramaschi, de 48 anos, disse ao g1 que fez a coleta da íris em novembro de 2024 e deveria receber 20 moedas após 24 horas, o que não aconteceu devido a um problema no app.

Ainda em novembro, ela viu no World App que tinha cerca de R$ 200 para sacar. "Por causa do erro no saque, eu desinstalei o aplicativo e reinstalei, mas agora ele diz que a senha está errada, mesmo eu digitando corretamente", conta.

A World não explica em sua central de ajuda o motivo pelo qual a desinstalação do app pode impedir o acesso do usuário.