Brasília: procuradoria abre seis investigações sobre envolvimento de militares em atos de invasão
Quatro deles tratam da participação direta de membros das Forças Armadas nas invasões do dia 8 de janeiro
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Até o momento, a Procuradoria de Justiça Militar em Brasília abriu seis investigações preliminares para apurar a participação de militares na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.
Desse total, quatro tratam do envolvimento direto de membros das Forças Armadas na invasão; uma sobre a atuação do Batalhão de Guarda Presidencial (BGP) e do 1º Regimento de Cavalaria de Guarda (1º RCG), responsáveis pela segurança do Palácio do Planalto; e outra apura o envolvimento de militares na fuga dos manifestantes.
Também foi instaurado, no âmbito da Procuradoria-Geral da Justiça Militar, procedimento administrativo para obter informações acerca de possíveis condutas irregulares atribuídas a militares federais nos atos de vandalismo realizados na capital federal.
Diante do cenário que ocorreu em Brasília, o presidente decretou intervenção na área de Segurança do Governo do Distrito Federal até 4 de fevereiro.
STF
Nessa segunda-feira (23), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a abertura de mais três inquéritos para apurar a participação de envolvidos nos atos extremistas de 8 de janeiro.
A decisão atende a pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem como objetivo identificar os financiadores, os executores e os autores intelectuais da invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes.
Moraes já havia determinado a abertura de inquérito sobre os ataques, no entanto, voltado apenas às condutas de omissão ou conivência de autoridades. Na ocasião, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo, e o ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, preso.
Após os ataques, mais de 1.400 pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento nos atos de vandalismo. Dessas, 942 pessoas tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva e 464 conseguiram liberdade provisória, por meio de medidas cautelares, e vão poder responder ao processo em liberdade, com o uso de tornozeleira eletrônica.