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Bahia

Bruno Reis atribui a Rui Costa parte da responsabilidade pelo aumento na tarifa de ônibus em Salvador

"Bahia é o único estado que em nenhum momento reduziu o ICMS do combistível em todo o Brasil"

Por Da Redação
Ás

Bruno Reis atribui a Rui Costa parte da responsabilidade pelo aumento na tarifa de ônibus em Salvador

Foto: Farol da Bahia

Após anunciar aumento no preço da passagem de ônibus em Salvador a partir de sexta-feira (1º) e dizer que vai arcar com o reajuste (leia aqui), o prefeito de Salvador Bruno Reis (UB) atribuiu ao governador da Bahia, Rui Costa (PT), parte da responsabilidade dos problemas no transporte público. 

"Não há como cobrar 18% de ICMS do combustível do transporte público. O Estado da Bahia é o único estado que, em nenhum momento [ao longo da pandemia], reduziu o ICMS do combustível em todo o Brasil. Tem estados que tem isenção do ICMS. Aqui, não. Aqui é uma ânsia arrecadatória de colocar dinheiro nos cofres públicos", disparou Bruno.

Na análise do chefe do Executivo municipal, Rui está "penalizando a população". "E não é de Salvador. Vocês viram em Lauro de Freitas, três empresas quebraram. Feira de Santana enfrenta isso. Itabuna ficou um ano sem transporte público. Todas as grandes cidades da Bahia estão enfrentando isso. Ou vai haver uma sensibilidade do governo em colaborar com sua parte ou o sistema de transporte público vai colapsar", disse o prefeito.

Questionado se abordou a pauta com o governador durante as tratativas relacionadas à pandemia de Covid-19, Bruno disse que explicou a Rui sobre "a gravidade do problema" e que chegou a pedir uma "divisão mais justa" na porcentagem da tarifa que fica com o Estado e com as empresas de ônibus.

"Além dos problemas todos causados pelos aumentos dos insumos na pandemia, aqui em Salvador o que levou o sistema de transporte a entrar em derrocada é que o metrô fica com 61% da tarifa e as empresas com 39%. É uma repartição muito injusta, que precisamos rever. Além da redução do ICMS do óleo diesel. No transporte público, é o estado do Brasil que não dá nenhum estímulo, nenhuma isenção fiscal. As empresas estão quebrando", reforçou.

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