Bruxismo: conheça as principais causas e como tratar

Os casos de bruxismo têm aumentado cada vez mais, o que vem preocupando os dentistas. Para quem ainda não tem conhecimento sobre o assunto, o bruxismo é o ato involuntário de ranger ou apertar os dentes, tanto durante o dia quanto durante a noite (na hora do sono). Atualmente, cerca de 40% da população do país possui esse transtorno. “Isso acarreta diversos prejuízos como acordar com dor no maxilar, apresentar dores de cabeça recorrentes e desgastar os dentes”, alerta a Dra. Elane Pimenta, cirurgiã dentista especialista em reabilitação oral.

Algumas vezes, inclusive, o paciente afirma não ter o costume de apertar os dentes. “Quando examinamos, observamos a língua – por exemplo – com marcas de dentes e a bochecha com uma linha esbranquiçada e elevada na parte interna da boca”, comenta a Dra. Elane. “O que muitos não sabem é que o estresse e a ansiedade estão por trás desse ato, assim como questões genéticas e desalinhamento dos dentes”, acrescenta a profissional. Além disso, o bruxismo pode ser causa secundária de outras condições (Parkinson, distonia, paralisia cerebral e uso de medicações antidepressivas). Por conta da pandemia, mais pessoas estão sendo diagnosticadas e medicadas em virtude do agravamento dos transtornos mentais como ansiedade e depressão.

Aplicativos auxiliam na prevenção

Vamos fazer um teste rápido? Provavelmente você está lendo esse texto olhando para uma tela de computador ou celular. Seu maxilar está solto e seus dentes estão entreabertos ou pressionados? Caso estejam pressionados, é aconselhável prestar atenção para que isso não aconteça com frequência e gere problemas na ATM (músculos da mastigação). Aplicativos como o “Desencoste seu Dente” emite alertas recorrentes para que os dentes fiquem afastados.

“Vale lembrar que não há cura para o bruxismo, o que nós – dentistas – fazemos é amenizar os sintomas e bloquear a progressão do desgaste dentário por meio do uso de placas miorrelaxantes e prescrever sessões de fisioterapia”, explica a cirurgiã dentista. “Os quadros emocionais também provocam uma contração excessiva dos músculos da face. Logo, é recomendável procurar um psicoterapeuta”, conclui Elane Pimenta.