Butantan entrega à Anvisa nesta quinta-feira (7) os pedidos de registro da Coronavac
Instituto ligado ao governo de São Paulo vai pedir autorização para uso emergencial e definitivo da vacina contra Covid-19
Foto: Reprodução/G1
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, se reúne nesta quinta-feira (7), com a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pedir autorização para uso emergencial e uso definitivo da Coronavac, vacina contra a Covid-19 fabricada em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
O uso emergencial permite que a vacina seja aplicada em determinados grupos e somente como parte de um programa institucional de governo. Já o registro definitivo do imunizante o torna apto a ser administrado em toda população e a ser comercializado. Para a autorização em caráter especial, disponível em casos de emergências, como em uma pandemia, bastam dados preliminares dos estudos finais para sua concessão.
O governo de São Paulo, ao qual o Instituto Butantan é ligado, inicialmente havia afirmado que pediria apenas o registro definitivo, por já ter dados suficientes para essa escolha. Em meados de dezembro, no entanto, o governo de João Doria mudou de ideia e afirmou que iria fazer os dois pedidos para ganhar agilidade.
Porém, o instituto ainda não divulgou os dados da Fase 3 dos estudos. A expectativa é de que esses dados também sejam divulgados nesta quinta-feira, em coletiva de imprensa de Doria, no início da tarde.
Segundo o Butantan, a Coronavac apresentou, na terceira fase de testes, eficácia acima dos níveis exigidos pela agência brasileira e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde, afirma que a taxa de eficácia da vacina está entre 50% e 90%.
A agência considera o mínimo de 50% de eficiência para que um imunizante contra o novo coronavírus seja autorizado para uso em território brasileiro.