Caixa: 1 milhão de pessoas recusaram saque emergencial do FGTS
Número chama atenção devido a crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19

Foto: Agência Brasil
De acordo com a Caixa Econômica Federal (CEF), cerca de 1 milhão de brasileiros rejeitaram o saque emergencial de até R$ 1.045 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), durante a crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Até o momento, a CEF realizou o depósito para 55 milhões de trabalhadores nascidos entre janeiro e novembro. O levantamento de dados foi feito a pedido do Metrópoles.
Os dados sugerem que duas a cada 100 pessoas com direito ao saque emergencial optaram pelo cancelamento ou desfazimento do crédito. O montante rejeitado foi de aproximadamente R$ 900 milhões até agora. Ainda segundo a CEF, o número pode aumentar ao longo das próximas semanas, uma vez que o pagamento não terminou e ainda é possível realizar o desfazimento. Em abril deste ano, o saque emergencial do FGTS foi instituído em medida provisória. A ação tem como objetivo ajudar a população no enfrentamento aos impactos causados pela pandemia de Covid-19.
Recusar o crédito
Os trabalhadores podem optar não realizar o depósito do saque emergencial. Para isso, é necessário comunicar à Caixa sobre a escolha. A solicitação deve ser feita até 10 dias antes da liberação do crédito. Caso a pessoa perca o prazo e não queira retirar o dinheiro, é possível pedir que o valor retorne para a conta do Fundo de Garantia. Ainda de acordo com a instituição financeira, o recurso voltará em até 60 dias, com correção monetária.
Já em relação a conta Poupança Social digital, se ela não for movimentada até 30 de novembro, os valores retornarão ao FGTS do trabalhador, devidamente corrigido e sem nenhum prejuízo ao trabalhador. De acordo com o coordenador do MBA de gestão financeira da FGV, Ricardo Teixeira, o percentual da população que decidiu rejeitar o saque de R$ 1.045 é justificável por dois aspectos, apesar da pandemia.
Segundo ele, a segurança é o outro fator. O caso de trabalhadores que optaram por deixar o dinheiro no Fundo de Garantia por questão de segurança, levando em consideração que não estariam precisando da grana extra no momento.