Caixa diz que suspensão de cobrança de PIX é para que clientes possam se adequar
Banco negou que a suspensão foi uma determinação do Palácio do Planalto
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Após suspender, nesta terça-feira (20), a cobrança de tarifa sobre transferência via Pix para pessoa jurídica, a Caixa informou que a decisão de cobrar pelo serviço estava definida desde 2022 e que não foi executada devido à necessidade de adequação dos sistemas internos.
A declaração do banco foi divulgada depois da veiculação de notícias afirmando que a suspensão ocorreu após determinação do Palácio do Planalto. “A medida visa ampliar o prazo para que os clientes possam se adequar e receber amplo esclarecimento do banco sobre o assunto, dada a proliferação de conteúdos inverídicos que geraram especulação”, disse a Caixa por meio de nota.
O banco reforçou ainda que não realiza cobrança de tarifa Pix de seus clientes Pessoa Física, de Microempreendedores Individuais (MEI) e de beneficiários de programas sociais, em conformidade com a determinação do Banco Central, e reafirma a suspensão da cobrança para Pessoa Jurídica.
Entenda
A cobrança do Pix para pessoa jurídica começaria a valer no dia 19 de julho e, segundo o banco público, é praticada por "praticamente todas as instituições financeiras".
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, divulgou mais cedo que a suspensão teria acontecido depois de um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, a decisão será discutida na próxima semana, após o retorno de Lula da viagem oficial à Europa.
“Foi pedido que suspendesse temporariamente [a decisão da Caixa] até o presidente estar de volta semana que vem”, afirmou Rui Costa em rápida entrevista a jornalistas. “Então vamos aguardar o retorno do presidente para avaliar essa medida. O presidente que pediu.”
Depois disso, o banco negou que a suspensão foi uma determinação do Palácio do Planalto.