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Calor extremo poderá matar cinco vezes mais até 2050, aponta relatório internacional

Documento ressalta ainda que secas mais frequentes aumentam o risco de fome para milhões de pessoas

Por Da Redação
Ás

Calor extremo poderá matar cinco vezes mais até 2050, aponta relatório internacional

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Especialistas internacionais alertam que se nada for feito em relação à mudança climática, é provável que o número de mortes por calor extremo aumente quase cinco vezes nas próximas décadas, colocando em perigo a saúde da humanidade.

De acordo com a edição de 2023 do documento de referência da revista médica The Lancet, se o aumento da temperatura global atingir 2°C até o final do século (atualmente está em curso para atingir 2,7°C até 2100), espera-se um aumento de 370% nas mortes anuais relacionadas ao calor até 2050, ou seja, um aumento de 4,7 vezes.

E o calor residual é apenas uma das ameaças à saúde humana decorrentes do uso crescente de combustíveis fósseis, confirma essa "contagem regressiva sobre saúde e mudança climática" apenas algumas semanas antes da conferência internacional sobre o clima (COP28) em Dubai, onde, pela primeira vez, um dos dias será dedicado à saúde, em 3 de dezembro.

O relatório ressalta ainda que secas mais frequentes aumentam o risco de fome para milhões de pessoas, mosquitos estão se espalhando mais e transmitindo doenças infecciosas, e os sistemas de saúde estão enfrentando dificuldades para lidar com esses desafios, conforme indicado nos 47 indicadores apresentados.\

Alertas pelo mundo

Dann Mitchell, do departamento de riscos climáticos da Universidade de Bristol, no Reino Unido, afirmou ao Science Media Center que os alertas de saúde sobre as mudanças climáticas, que já são catastróficos, não conseguiram convencer os governos a reduzir as emissões de carbono o suficiente para alcançar a primeira meta do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura a +1,5°C.

Para Marina Romanello, diretora-executiva do relatório, sem um progresso real contra as mudanças climáticas e as emissões de gases que provocam o efeito estufa, "a crescente ênfase na saúde nas negociações climáticas corre o risco de se tornar apenas uma retórica".

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