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Camafeu de Oxossi: o personagem que permanece vivo

Confira o artigo de Adriano Azevedo deste domingo (5)

Por Adriano Azevedo
Ás

Camafeu de Oxossi: o personagem que permanece vivo

Foto: Reprodução

O meu inesquecível de hoje é o famoso Ápio Patrocínio da Conceição, popularmente conhecido por Camafeu de Oxossi. Filho de Maria Firmina da Conceição e Faustino José do Patrocínio, Camafeu nasceu em 4 de outubro de 1915 na Rua do Gravatá, que fica entre o bairro de Nazaré e o antigo Maciel/Pelourinho. Ficou órfão de pai muito cedo – aos seis anos de idade. Anos mais tarde, deixou os estudos na Escola de Artífices para ajudar sua mãe a criar seus irmãos. Ela tinha um tabuleiro de acarajé e o jovem Camafeu apanhava frutas para fazer cocadas e também vendê-las. Embora mal tenha aprendido a ler e escrever, ele aprendeu a se virar pelas ruas do Maciel.

Pelas ruas de Salvador, Camafeu engraxava sapatos e vendia de tudo um pouco, de jornais a cadarços: o jovem almejava ter seu próprio negócio. Chegou a ser estivador até se tornar dono de sua primeira barraca no Mercado Modelo – Barraca São Jorge. Camafeu era mestre de Capoeira; cantor; compositor. Como exímio tocador de berimbau, chegou a lançar um LP pela gravadora Continental: “Berimbaus da Bahia”, em 1967 e, no ano seguinte, um segundo disco foi gravado pela Phillips.       

A oralidade conta que seu epíteto surge quando ele encontra um broche de camafeu – pedra esculpida em alto relevo, muito utilizada para prender a gola dos vestidos das mulheres da alta sociedade naquela época. Já o Oxossi, foi agregado por ele mesmo, pois é o seu Orixá de cabeça. Camafeu de Oxossi era filho de Santo de Mãe Senhora – Maria Bibiana do Espírito Santo do Opô Afonjá e tinha o título de Obá de Xangô, chamando-se Obá Aresá. Muito amigo de Hector Bernabó; o Carybé e Jorge Amado, ambos de Oxossi e também Obá de Xangô – Obá Onaxokun e Obá Arolú, respectivamente. Camafeu era intitulado de “personagem vivo de Jorge Amado”, pois ele aparece em seus romances como Camafeu.

Confira artigo completo de Adriano Azevedo clicando aqui.

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