Câmara do MPF decide que inquérito eleitoral de Flávio Bolsonaro deve continuar
Inquérito apura se o senador cometeu lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral
Foto: Agência Brasil
A segunda Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal decidiu a continuação do inquérito eleitoral, que apura o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), com suspeita de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral ao declarar os bens para a Justiça Eleitoral. A decisão foi feita no Ministério Público do Rio de Janeiro, na última segunda-feira (17), por unanimidade.
A defesa do senador afirma que "apenas permitirá a continuação da investigação eleitoral, já que não houve denúncia e nem o arquivamento dos autos. Apenas decidiu-se que outro Promotor Eleitoral deverá presidir a investigação, em razão de o anterior já ter se posicionado pelo arquivamento".
O promotor Alexandre Themístocles, titular do MP-RJ no caso, tinha pedido arquivamento no início de junho, mas o juiz Flávio Itabaiana discordou e enviou para a 2ª CCR. Em março, a Polícia Federal, que participou das investigações, enviou à Justiça um relatório defendendo o arquivamento do caso.
A investigação foi iniciada em 2018, com a notícia-crime em 2014 e 2016, após o advogado Eliezer Gomes da Silva afirmar que Flávio seria proprietário de um apartamento no bairro de Laranjeiras, com valores diferentes para o mesmo apartamento em cada ano.