Câmara do RJ informa ao STF que viagem de Carlos Bolsonaro à Rússia foi convite do país
Vereador apresentou documento que confirma o convite da Rússia
Foto: Alan Santos/PR
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em resposta ao STF (Supremo Tribunal Federa), informou que a viagem do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) para a Rússia ocorreu após convite do presidente do Comitê de Assuntos Internacionais da Assembleia da Federação russo, Leonid Slutsky.
Em ofício assinado pelo presidente da casa carioca, Carlo Caiado (Democratas), endereçado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, consta que Carlos Bolsonaro comunicou a viagem.
“Informo vossa excelência que irei em breve ao Leste Europeu, no que solicito, também com a anuência dos senhores presidentes das Comissões de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática e Turismo desta Casa, Exmos. Senhores vereadores Pedro Duarte e Marcelo Arar, representar as citadas comissões nesta oportunidade. Informo, oportunamente, que as despesas de viagem não acarretarão qualquer ônus para esta Câmara Municipal do Rio de Janeiro”, diz o documento datado de 11 de fevereiro, três dias antes da viagem que começou em 14 de fevereiro.
O ofício foi entregue ao STF na quinta-feira (10). Autor do convite de Carlos Bolsonaro, Leonid Slutsky é aliado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e hoje como um dos negociadores do cessar-fogo com a Ucrânia. De acordo com o documento, o convite a Carlos Bolsonaro tinha como “objetivo realizar encontros na Duma Estatal da Assembleia Federal da Federação Russa”.
Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes havia determinado que a Câmara do Rio informasse se Carlos Bolsonaro estava de licença durante a viagem à Rússia. O Supremo também cobrou explicações do Palácio do Planalto sobre as condições da participação do vereador na comitiva, além de possíveis gastos e as agendas realizadas.
Como resposta ao STF, o Legislativo carioca informou que “o Regimento da Câmara Municipal do Rio de Janeiro não exige prévia autorização para realização de viagens internacionais que não configurem missão oficial ou gastos para a Casa".