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“Caminhada de Mandela foi de todos”, afirma príncipe Harry

Sessão informal marcou o Dia Internacional Nelson Mandela

Por Da Redação
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“Caminhada de Mandela foi de todos”, afirma príncipe Harry

Foto: ONU/Evan Schneider | Reprodução/Família Real

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou uma sessão informal marcando o Dia Internacional Nelson Mandela. A vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, apresentou a mensagem do secretário-geral ressaltando que Nelson Mandela curou comunidades e foi mentor de gerações. António Guterres considera Madiba “uma bússola moral e referência para todos”.

Amina Mohammed contou que pessoalmente foi inspirada pelo líder antiapartheid na busca da sua trajetória na Nigéria. Depois foi impulsionada pela fundação de Mandela dirigida pela viúva Graça Machel.

Mohammed sublinhou ter levado a sério a profunda lição de que “todos nós temos a capacidade e a responsabilidade  de agir. Deste modo, o mundo deve honrar o legado de Nelson Mandela insurgindo-se contra o ódio e defendendo os direitos humanos. Ela disse ainda que deve ser abraçada a humanidade, rica em diversidade, igual em dignidade, unida em solidariedade. 

Para o presidente da Assembleia Geral, Abdulla Shahid, a luta de Madiba contra o apartheid, foi de fato uma luta por um mundo melhor. A aspiração era que a liberdade, a justiça e a dignidade de todos fossem respeitadas. O líder do órgão destacou que Mandela pediu paz, justiça social, igualdade e compreensão humana ao longo de sua vida. 

A intervenção principal foi realizada pelo pincipípe Harry, duque de Sussex. Ele estava acompanhado pela esposa Meghan, duquesa de Sussex, na ocasião.

Harry percorreu as memórias e o legado do homenageado abordando ao mesmo tempo as crises múltiplas que o mundo enfrenta em áreas como combate ao racismo, segurança alimentar e clima.

Ele disse que quase uma década depois da morte do ícone sul-africano, recorda que Mandela ensinou que a caminhada não foi somente dele, mas de todos. Nessa realidade têm direitos, tanto os que passaram como os que veem depois, havendo obrigação de se oferecer tanto, se não mais do que se pode. 

Ainda no evento, Harry afirmou que num momento em que a geração que não viveu o tempo de Mandela amadurece, o  compromisso da atual é celebrar seu legado e vida todos os dias. 

Ele pediu que seja contado às crianças as causas de Madiba, o que a humanidade tem em comum e sejam empoderadas as pessoas para que possam reclamar seu espaço em democracias, permitindo que a memória de Mandela ilumine o futuro. 

Prêmio Nelson Mandela

Na ocasião, o Prêmio Nelson Mandela da ONU 2020 foi entregue a Marianna Vardinoyannis da Grécia e a Morissanda Kouyaté da Guiné Conacri.  

O ministro da Presidência da África do Sul, Mondli Gungubele, declarou que Nelson Mandela não se abalou para fazer face às adversidades e aceitou que o compromisso de seguir com uma batalha era uma obrigação para a vida inteira. 

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