Caminhoneiros chamam proposta do Governo sobre combustíveis de 'solução tabajara'
"Não refresca em nada a vida do caminhoneiro", diz presidente da Abrava
Foto: Agência Brasil/ Tomaz Silva
A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) classificou a proposta que prevê teto para Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos combustíveis e a isenção dos tributos federais sobre o produto, apresentados na segunda-feira (6), pelo pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), como uma “solução tabajara”.
De acordo com a associação, Bolsonaro busca um improviso para lidar com a alta dos preços, por causa do ano eleitoral e por receio de que isso comprometa sua campanha à reeleição, em vez de sinalizar com uma saída estrutural para a questão dos combustíveis.
"Retirar o ICMS dos combustíveis, que não é uma receita da União, é como tomar dinheiro do vizinho para pagar uma conta da minha casa", disse o presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão, em nota divulgada à imprensa.
A Abrava ainda informou que a isenção de Pis/Cofins e Cide anunciada pelo governo representa 6% na composição do preço do diesel e isso não teria o impacto necessário. “Os preços dos combustíveis vão continuar subindo, o problema não está sendo enfrentado, esse movimento é só um paliativo para aumentar o diesel novamente, se não aumentar o preço, vai faltar diesel nos postos”.
“A falta de planejamento e a irresponsabilidade levou o país a este caos, nós estamos alertando há tempos”, acrescentou a Abrava.
“O presidente Bolsonaro está preocupado com a sua reeleição, os caminhoneiros e o povo brasileiro estão preocupados em colocar comida na mesa de suas famílias. Não vemos luz no fim do túnel. O país vai parar!!”, conclui a associação na nota divulgada.