Campanha de Boulos perde apoio após pré-candidato omitir o nome do Hamas
Pré-candidato a prefeito de São Paulo condenou mortes de civis israelenses e palestinos, sem citar o Hamas
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O ex-secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, decidiu abandonar a pré-campanha de Guilherme Boulos à Prefeitura de São Paulo. A decisão foi motivada pela posição pró-Palestina de Boulos após os ataques do Hamas contra Israel.
Gorinchteyn, que é judeu, criticou Boulos por não condenar explicitamente o Hamas após o ataque. “Nessa ação, reafirmo meu compromisso como judeu em apoio ao Estado de Israel e em respeito às vítimas e seus familiares. É imperativo condenar e repudiar ataques terroristas contra civis em qualquer lugar do mundo”, disse Gorinchteyn, em nota publicada no Instagram.
Procurado no último domingo (8), o infectologista compartilhou uma segunda nota onde diz que “diante da postura pró-Palestina que não menciona ou condena o grupo extremista islâmico armado Hamas pelos atentados terroristas em Israel no último sábado, que vitimaram civis e sequestraram mulheres e crianças de forma bárbara, adotei a decisão oficial de me retirar da coordenação do plano na área da Saúde na pré-campanha à Prefeitura de São Paulo liderada pelo candidato Guilherme Boulos, do PSOL".
Posteriormente, Boulos se manifestou através de nota nas redes sociais, e disse que sua defesa “dos direitos do povo palestino é pública”. Ainda no texto, sem citar o nome do grupo terrorista Hamas, o pré-candidato afirmou que condena “sem meias palavras ataques violentos a civis, como os que mataram nas últimas horas 250 israelenses e 232 palestinos”.