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Bahia

Campanha de vacinação contra febre aftosa começa em maio; Bahia está entre os 21 estados que participam do processo

Em entrevista ao Farol da Bahia, representantes da Adab falam sobre a importância da imunização

Por Ane Catarine Lima
Ás

Campanha de vacinação contra febre aftosa começa em maio; Bahia está entre os 21 estados que participam do processo

Foto: Agência Brasil

A primeira etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa de 2021 começa no dia 1º de maio. Nessa etapa, que vai até o dia 31 de maio, deverão ser vacinados bovinos e bubalinos de todas as idades. A Bahia, que possui certificação de Área Livre de Febre Aftosa com Vacinação, está entre os 21 estados que irão realizar a imunização dos animais nesse período (confira o cronograma 2021) . Em entrevista ao Farol da Bahia, o coordenador do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), José Neder, disse que a estimativa é vacinar cerca de 10 milhões no estado.  

Ele falou também sobre a importância da vacinação. Segundo José Neder, a febre aftosa é uma doença causada por um vírus que quando ataca o rebanho se torna altamente contagiosa. Ou seja, quando um animal é infectado os outros consequentemente também são. Além disso, a disseminação da doença, segundo ele, causa um dano econômico enorme para o estado. “A vacinação é muito importante também porque a Bahia está próxima de se tornar uma área livre de febre aftosa sem vacinação. Nós estamos próximos de retirar a vacinação como forma de prevenção da febre aftosa, mas para isso nós precisamos alcançar altos índices de vacinação  do nosso rebanho de bubalinos e bovinos. Então, os índices acima de 90% são os recomendados para que um estado ou região possa retirar a vacinação com segurança”, disse.

“A importância de se ter um país ou um estado livre de febre aftosa sem vacinação, é que essa situação sanitária vai conferir um status de livre negociação de produtos de origem animal ou de animais vivos agregando muito maior valor a esses produtos. Nesse caso, ganha toda a cadeia produtiva”, completou.

Ainda de acordo com o coordenador, o status de estado livre de febre aftosa sem vacinação é extremamente importante para a geração de emprego. “Há um aumento de geração de emprego porque certamente novas indústrias frigoríficas irão abrir. Ganha o comércio como um todo, ‘falando de circulação de recursos’, porque irá ocorrer mais transações comerciais tanto de produtos de origem agropecuária quanto de animais vivos”, afirmou. 

Ainda em entrevista, ele alertou aos produtores para que vacinem todos os animais de suas propriedades e que, após a vacinação, se lembrem de registrar nos escritórios da Adab a relação dos animais vacinados. Segundo ele, essa declaração é obrigatória quinze dias após a vacinação. “Esse é o prazo que o produtor tem para não ter problemas com a fiscalização. Do contrário, o produtor que não realizar a vacinação ou não declarar poderá ficar sujeito a multas. Além disso, esse produtor não poderá transitar com os seus animais. A multa para o produtor que não vacinar é de aproximadamente R$ 53 por animal. Já o produtor que não declarar, a multa é de aproximadamente R$ 154”, disse.

“É sempre muito importante o diálogo do produtor com a Adab. É essencial que seja comunicado qualquer suspeita de uma doença como a febre aftosa. Então, um animal que estiver babando, salivando, sem querer comer, deitado a maior parte do tempo e pelo arrepiado tem que ficar isolado dos demais e o produtor tem que entrar em contato imediatamente com o serviço específico da Adab”, concluiu.

Vacina e pandemia

De acordo com o diretor-geral da Adab, Maurício Bacelar, o primeiro passo que o produtor deve dar para realizar a vacinação é se dirigir a uma loja credenciada pela Adab e adquirir as vacinas, que custam em média R$ 1,60. Para realizar a vacinação, o produtor deve adquirir as doses de 2 ml em revendas autorizadas e mantê-las entre 2°C e 8°C até o momento da utilização. Em relação às agulhas, é importante que sejam novas. A aplicação deve ser na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada.

Após a vacinação, como já disse o coordenador da Adab, o diretor-geral reforça a importância de realizar a declaração de imunização. Ainda segundo Maurício Bacelar, o processo de vacinação só é encerrado com a declaração de todos os animais vacinados. 

Para conter a disseminação da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, no ato da vacinação, o diretor-geral da Adab disse que é importante que os produtores se atentem a todos os cuidados necessários como, por exemplo, a distância entre os trabalhadores nos currais. “É necessário que estejam à disposição dos trabalhadores máscara, álcool em gel e também água e sabão para a higienização dos trabalhadores durante o processo de vacinação. É um cuidado com a saúde e com a vida”, disse.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reforça também  que devem ser adotadas medidas de cuidado com a Covid-19 para a garantia da manutenção dos compromissos com as zonas reconhecidas como livre de febre aftosa com vacinação perante a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). 
 

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