Campos Neto tenta censurar Gabriel Galípolo e tensão aumenta com governo Lula, diz colunista
Segundo a coluna, Galípolo acha que já passou da hora de o BC baixar os juros
Foto: Marcelo Camargo/ Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil
A tentativa do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de controlar as entrevistas concedidas pelos diretores da instituição tem gerado insatisfação interna e aprofundado as tensões entre a instituição monetária e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação é da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
A discussão de um documento interno, que sugere que "questões relacionadas à comunicação com a imprensa são de responsabilidade direta dos subordinados ao presidente do BC", voltou à tona após a indicação de Gabriel Galípolo, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, para o cargo de diretor de política monetária do banco.
Segundo a coluna, Galípolo acha que já passou da hora de o BC baixar os juros e que a manutenção das taxas em níveis elevados poderá comprometer o crescimento do país. Para Campos Neto, portanto, as declarações de Galípolo são conflitantes e podem expor um racha no BC.