Michel Telles

Câncer de mama: depressão e perda da autoestima são vilões para quem enfrenta a doença

Aos detalhes...

Por Michel Telles
Ás

Câncer de mama: depressão e perda da autoestima são vilões para quem enfrenta a doença
O câncer de mama, quando diagnosticado em estágio já avançado, pode ter como consequência a retirada do seio. Este procedimento, conhecido como mastectomia, atinge o lado estético da mulher, como também pode afetar a saúde mental, podendo inclusive desencadear uma depressão.
 
Um estudo do Observatório de Oncologia revela que a chance de um paciente com qualquer tipo de câncer desenvolver depressão varia de 22% a 29%. Segundo a mesma a análise, pacientes com câncer de mama têm de 10% a 25% de chance de ter o transtorno.
 
O dado é elevado, mas não traduz toda a realidade observada nos consultórios de Psicologia. Além da depressão, a baixa da autoestima, os problemas conjugais e a não aceitação do próprio corpo são outras situações que levam mulheres mastectomizadas ao divã de um analista, de acordo com a psicóloga e especialista em relacionamentos, Niliane Brito. 
 
“A negação ao novo corpo pelas próprias mulheres, o medo da rejeição pelos parceiros e a insegurança quanto a própria aparência - já que muitas acabam perdendo o cabelo por conta da quimioterapia e radioterapia, são alguns dos motivos que trazem o público feminino aos consultórios de Psicologia”, explica a especialista.
 
O ideal, para Niliane Brito, é que o acompanhamento terapêutico seja realizado com um psicólogo da confiança da paciente, iniciando logo no início da descoberta do câncer de mama. É fundamental também que esse processo seja estendido ao companheiro(a) – já que esta é uma batalha que deverá ser transpassada junto com o cônjuge, caso a paciente seja casada, e também com os familiares. 
 
“É comum ter medo de morrer, no início. É comum ainda não aceitar o tratamento ou os efeitos causados por ele, como é o caso da perda de cabelo ou a perda parcial ou total da mama. Por isso, é fundamental que a paciente tenha em seu lar o apoio necessário para aguentar cada passo”, pontua a psicóloga Niliane Brito, reforçando que um tratamento multidisciplinar é o ideal, pois ampara tanto o aspecto físico quando o mental.
 

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