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Candidatos terão de esperar até outubro para saber resultado do recurso no CNU

Ainda não há balanço de quantas contestações foram apresentadas nem quantas questões foram algo de recurso.

Por FolhaPress
Ás

Atualizado
Candidatos terão de esperar até outubro para saber resultado do recurso no CNU

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Os candidatos que apresentaram recurso contra alguma questão do CNU (Concurso Nacional Unificado) terão de esperar até 8 de outubro para saber se a contestação foi aceita ou não.
O prazo é o mesmo no qual será divulgada a lista de aprovação e classificação na prova objetiva, a nota preliminar da prova discursiva e a convocação para a prova de títulos.

A possibilidade de apresentar recurso no Enem dos Concursos chegou ao final às 23h59 desta quarta-feira (21). Não há ainda um balanço de quantas contestações foram apresentadas nem quantas questões foram algo de recurso.

Segundo o MGI (Ministério da Gestão e Informação em Serviços Públicos), os dados da seleção estão sendo analisados.

"A equipe do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) está em processo de análise dos dados e números relacionados ao Concurso Público Nacional Unificado (CPNU)", diz nota da pasta.

Conforme o edital, as decisões a respeito dos recursos serão apresentadas de forma coletiva, ou seja, não será informado a quem recorreu se houve aceitação da contestação ou não. Essa regra também está prevista no edital, já que o recurso não pode ter identificação do participante.

Só serão divulgados os recursos que forem aceitos, e os pontos das questões anuladas serão atribuídos a todos que realizaram as provas objetivas. A pedido da Folha de S.Paulo, os cursinhos apontaram quais as questões que podem ser anuladas. Dentre elas estão uma de conhecimentos gerais sobre a República.

Próximos passos do CNU

O Concurso Nacional Unificado tem uma nova fase em setembro, quando, no dia 10, serão disponibilizados aos candidatos a imagem do cartão de resposta usado pela Cesgranrio para correção da prova.

No dia do exame, candidatos puderam sair com uma folha de respostas, na qual deveriam anotar as mesmas alternativas que escolheram e que anotaram no cartão de resposta da prova. Mas esse documento era entregue apenas nos 30 minutos finais. Ou seja, só quem ficava até os 30 minutos finais podia levar o papel.

O CNU é o maior do tipo no país, com 2,1 milhão de inscritos e 970 mil participantes, uma abstenção de 54,12%. As provas foram aplicadas em 228 cidades, no domingo, dia 18, após ser adiada por causa das chuvas no Rio Grande do Sul. A aplicação ocorreu em todas as capitais, somando 3.647 locais de aplicação e 72.041 salas.

Ao todo, são oito blocos de vagas, com cinco eixos temáticos em cada um deles. Os candidatos fizeram 36 provas, somando dissertativas e objetivas, além de uma redação, dentro de uma questão discursiva.

Os resultados estão previstos para serem divulgados em 21 de novembro, quando começam as convocações. Cargos para os quais não se exige treinamento específico devem ter as contratações em janeiro de 2025. Os demais começam a ser contratados em abril de 2025.

A convocação dos aprovados será feita em três listas de chamada. Quem não responder está fora. A lista de espera terá 13 mil candidatos, o dobro do total de vagas. Eles devem ser chamados caso haja desistências e também se houver cargos vagos no período de validade da seleção. A previsão é que até 2026 70 mil servidores se aposentem.

O CNU é chamado de Enem dos Concursos porque é realizado envolvendo a mesma lógica e organização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) da educação.

Para desenvolver o esquema de proteção e distribuição das provas, o MGI contou com servidores do Enem da Educação, com a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), as polícias Rodoviária Federal, Federal, militar e civil, Defesa Civil, Correios, Guardas Municipais, Ministério da Justiça e secretarias de segurança de todo o país.

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