Salvador

Capital baiana tem mais de 700 cães disponíveis para adoção

Hoje, 31 de julho, comemora-se o Dia Nacional do Cão Sem Raça Definida (SRD)

Por Da Redação
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Capital baiana tem mais de 700 cães disponíveis para adoção

Foto: Reprodução/Pexels


No dia 31 de julho comemora-se o Dia Nacional do Cão Sem Raça Definida (SRD). Segundo o levantamento do CORREIO, esses cães correspondem 80% que aguardam adoção na cidade de Salvador, sendo contabilizados mais de 700 cachorros. Os abrigos da cidade são pouco procurados na hora de adotar um animal.

A fundadora do Instituto Patruska para resgate e proteção de animais em situação de rua, Patruska Barreiro, conta que aqueles que têm uma raça definida ou uma miscigenação de raças definidas ganham mais visibilidade. Por conta da baixa procura nos abrigos da cidade, os vira-latas são maioria dos cães disponíveis para adoção hoje em Salvador. Muitos abrigos de salvador, como o Agapa, a ABPA, o Instituto, sobrevivem somente por doação e dependem da solidariedade. 

Em 2022, conforme o membro do Conselho Municipal de Saúde Animal da Prefeitura Municipal de Salvador, Alan Sena, e da médica veterinária Ilka Gonçalves, Salvador possuía cerca de 2.102 cachorros sob cuidado de protetores, em 51 bairros da cidade. Cerca de 380 desses cachorros disponíveis para adoção estão em um só lugar: o Abrigo Agapa, no bairro de São Cristóvão.

Ângela Gomes, técnica em enfermagem, divide seu lar com todos os animais, diariamente, desde 2017. Com recursos próprios além dos cães, ela abriga mais 15 gatos. Ela relata dificuldades para a adoção de pets, como a maioria dos protetores, devido uma alta busca por cães de raça. " Eu coloco foto dos vira-latas no Instagram e me perguntam se eu tenho cachorros de raça, pinscher, yorkshire. Eu respondo ‘não tem, você vai encontrar tudo lá no pet shop, eu tenho aqui poodle velho, cego, surdo’, aí ninguém quer”, conta ela ao CORREIO. 

O abrigo São Francisco de Assis (ABPA) precisou fechar as portas para novos animais com cerca de 210 cachorros e 190 gatos. O local já não tem mais espaço ou recursos. Eles realizam feirinhas ao menos duas vezes na semana, mas as adoções ainda não conseguem atender a demanda do abrigo.  

Segundo a médica veterinária Amanda Ramos, os cuidados de um cachorro sem raça podem chegar a R$400 por mês, a depender do porte do animal, da alimentação e da manutenção. "Se for pensar numa ração de boa qualidade, um cão grande gera o custo de uns R$400 por mês, um menorzinho fica em torno de R$200", pondera.

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