Cármen Lúcia questiona à presidência do STF qual ministro deve relatar pedido de Cid
Para ministra, Moraes deveria assumir a relatoria do caso
Foto: Agência Brasil
A ministra Cármen Lúcia enviou à Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido do ex-ajudante de ordens Mauro Cid para não ser obrigado a comparecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. Na ação, a magistrada pede que a Presidência avalie se a relatoria do pedido do ex-auxiliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não cabe ao ministro Alexandre de Moraes, que é relator das investigações na Corte sobre a invasão às sedes dos três Poderes.
Cármen Lúcia argumenta que Moraes já analisou outro pedido para que Mauro Cid preste esclarecimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que também apura os episódios ocorridos no dia 8 de janeiro. "Cuidando-se de mesmo objeto a ser objeto de audiência a ser marcada e sendo o mesmo o paciente, remetam-se os presentes autos à Presidência deste Supremo Tribunal para deliberação sobre eventual prevenção do presente habeas corpus", escreveu a ministra.
Na semana passada, a defesa de Mauro Cid pediu que o Supremo dispense o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro de ser obrigado a comparecer à CPMI do 8 de Janeiro. A CPMI aprovou requerimento para que Mauro Cid seja ouvido como testemunha, o que o obriga a comparecer e ter que dizer a verdade.