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Casa Branca trava batalha com Facebook contra desinformação sobre vacinas

Governo Biden afirma que gigante do Vale do Silício prejudica esforços para superar a Covid-19

Por Da Redação
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Casa Branca trava batalha com Facebook contra desinformação sobre vacinas

Foto: Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vivencia um momento crítico da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Além do vírus, um dos principais problemas é a disseminação de notícias falsas sobre as vacinas. O democrata já havia dito, em meados de julho, que as redes sociais estavam “matando pessoas” ao permitir que desinformações sobre vacinas fossem publicadas em suas plataformas.  

Nesse contexto iniciou-se uma grande  batalha entre a Casa Branca e o Vale do Silício.  Em março, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, ligou para Ron Klain, chefe de Gabinete da Casa Branca, e discutiu a desinformação sobre saúde. Mas a Casa Branca ficou tão frustrada com as respostas do Facebook que, a certa altura, exigiu falar com os cientistas de dados da empresa.

As conversas entre a Casa Branca e o Facebook continuam. Mas o impasse complicou um relacionamento já tumultuado no momento em que Biden enfrenta um revés na luta contra a Covid-19. A Casa Branca falhou na meta de ter 70% dos adultos americanos vacinados com ao menos uma dose até 4 de julho, e a variante Delta, altamente contagiosa, aumentou ainda mais o número de contaminações.

Para tentar controlar a situação, o governo reverteu algumas recomendações de saúde pública, deixando muitos americanos perplexos com exigências como a volta do uso de máscaras, que havia sido suspensa em maio. A grande maioria dos novos casos acontece entre pessoas não vacinadas. 

Na semana passada, a Casa Branca obrigou os pediatras a incorporar a vacinação aos exames físicos esportivos de volta às aulas e incentivou as escolas a abrigar clínicas de vacinação. Mas a colaboração próxima com o Facebook, de longe a maior rede social do país, pode ser crucial para superar a hesitação generalizada em relação à vacina e, em última instância, a pandemia.

“Nos envolvemos com o Facebook sobre essa questão desde a transição e deixamos claro para eles quando não cumpriram nossos padrões, ou os deles próprios, e promoveram ativamente em suas plataformas conteúdos que enganam o povo americano”, disse Mike Gwin, um porta-voz da Casa Branca.

O Facebook se opôs fortemente às críticas da Casa Branca, acusando publicamente o governo de usar a empresa como bode expiatório para o fracasso do governo em atingir suas metas de vacinação. 

Quando a Casa Branca pediu dados sobre a frequência com que as informações incorretas eram visualizadas e disseminadas, a empresa disse que não poderia fornecê-los. O Facebook disse ao governo americano que teve dificuldades com conteúdos que não eram explicitamente falsos, como postagens que lançam dúvidas sobre vacinas, mas não violam claramente as regras da rede social sobre informações incorretas sobre saúde. 

Atualmente, a rede social permite que as pessoas expressem experiências com vacinas, como dor ou efeitos colaterais após receber uma injeção, desde que não endossem explicitamente falsidades. Em uma reunião recente, a equipe de Biden enfatizou que os esforços de vacinação foram paralisados, as autoridades médicas estão em risco e as mortes podem aumentar sem mais fiscalização por parte da empresa. No final da reunião, os dois lados agradeceram a franqueza e concordaram em continuar se encontrando, mas saíram sem nenhuma solução concreta.
 

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