Caso bolo envenenado: polícia encontra nota fiscal de compra de arsênio no celular da suspeita

Uma nota fiscal com o nome de Deise Moura dos Anjos, a mulher suspeita de ter envenenado e matado quatro pessoas da mesma família, comprova que a mulher comprou arsênio pela internet, conforme divulgado pela Polícia Civil (PC) do Rio Grande do Sul (RS).

O comprovante estava salvo no celular da suspeita, apreendido pela polícia durante a investigação. Em buscas anteriores, a polícia havia encontrado registros de pesquisas feitas por arsênio e substâncias similares. 

Durante uma coletiva de imprensa, realizada na última sexta-feira (10), Deise comprou arsênio quatro vezes em um período de quatro meses. O veneno teria sido recebido pelos correios.

A venda do arsênico, composto trióxido de arsênio, tem a venda proibida no Brasil como raticida. O uso como agente quimioterápico é restrito. 

Uma das possíveis causas para o crime teria sido uma briga familiar de mais de 20 anos atrás entre a suspeita presa e a nora de uma das vítimas.

A Polícia Civil acredita que Deise tenha praticado outros envenenamentos e não descarta novas exumações. De acordo com  a RBS TV, a PC suspeita do envolvimento de Deise na morte do próprio pai. José Lori da Silveira Moura morreu aos 67 anos, em Canoas, em 2020, supostamente por cirrose.

Por meio de nota, a defesa de Deise disse que aguarda a "integralidade dos documentos e provas" ao processo, divulgadas na coletiva de imprensa, para se manifestar.

Confira a nota publicada pela defesa da suspeita na íntegra

"As declarações divulgadas na coletiva de imprensa ainda não foram judicializadas no procedimento sobre o caso, assim a Defesa aguarda a integralidade dos documentos e provas para análise e manifestação.

A Defesa já realizou requerimentos e esclarecimentos no inquérito judicial, referentes aos andamentos da investigação, aguarda neste momento decisão judicial."