Caso Brigadeirão: Justiça não autoriza prisão domiciliar de mandante do crime
Defesa de Suyane Breschak afirmou que ela foi agredida e ameaçada no presídio onde ela está presa

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O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro rejeitou a solicitação de prisão domiciliar da cigana Suyane Breschak, denunciada por ser a principal suspeita de ser a mandante da morte do empresário Luiz Marcelo Ormond, que morreu, em maio de 2024, depois de comer um brigadeirão dado pela namorada, Julia Andrade.
Suyane teve mais uma solicitação de revogação da prisão preventiva negada. Nesta ocasião, a defesa informou desejar a concessão da prisão domiciliar, já que a cigana teria sido agredida e foi ameaçada no Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona Oeste carioca, lugar em que está presa.
O juízo 4ª Vara Criminal da Capital, agendou, para o dia 1º de abril, a audiência de instrução e julgamento para escutar as rés e testemunhas do Ministério Público.
Para a juíza Lúcia Mothe Glioche, titular da 4ª Vara Criminal da Capital, as acusadas se juntaram para assassinar a vítima, com intuito de desfrutar dos bens do homem, além de procederem de forma calculada e fria. De acordo com ela, isso mostra periculosidade que explica a segregação e revela a habilidade delas de atuarem para atrapalhar a colheita da prova em juízo.
A Justiça ainda rejeitou a solicitação da defesa de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que ainda é acusada pelo crime. A solicitação de Julia era para ela ser removida da denúncia como responsável pela morte de Luiz. A tentativa foi realizada a partir do interrogatório da perícia no laudo de exame de necropsia do homem.
Lúcia também declarou que o documento é “suficiente para indicar que, em conjunto com o colhido no inquérito policial, a causa da morte seja intoxicação exógena e envenenamento”, e que “a denúncia trazida está lastreada em suporte mínimo probatório, autorizando a imputação”.