Caso Cambridge Analytica: Mark Zuckerberg é processado por violação de lei de proteção ao consumidor
Procurador diz que presidente do Facebook sabia dos riscos no tratamento de dados pessoais dos usuários
Foto: Anthony Quintano / Flickr
Mark Zuckerberg, um dos cofundadores do Facebook, foi processado nesta segunda-feira (23) pelo procurador Karl Racine, de Washington, por enganação e violação de uma lei de proteção ao consumidor relacionada ao caso Cambridge Analytica.
A consultoria Cambridge Analytica é acusada de ter recolhido e utilizado, sem consentimento, os dados pessoais de 87 milhões de usuários do Facebook, aos quais a plataforma lhe deu acesso, para impulsionar a campanha do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2016.
De acordo com o procurador, Zuckerberg "estava ciente dos riscos" envolvidos no tratamento de dados pessoais dos usuários da sua plataforma e, como presidente, ele tinha "autoridade para controlar práticas enganosas e erros". Desde o escândalo da Cambridge Analytica, o Facebook removeu o acesso aos seus dados de milhares de aplicativos suspeitos de abusar dessas informações.
Em julho de 2019, as autoridades federais multaram o Facebook em US$ 5 bilhões por "enganar" seus usuários e impuseram controle independente sobre o tratamento de dados pessoais. Contactada pela AFP, a empresa não quis comentar.