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Caso das Jóias: Rogério Correia e Túlio Gadelha tentam reunir as 171 assinaturas para CPI

Cerca de 50 deputados apoiaram formalmente a iniciativa

Por Da Redação
Ás

Caso das Jóias: Rogério Correia e Túlio Gadelha tentam reunir as 171 assinaturas para CPI

Foto: Reprodução/Twitter Ministro Paulo Pimenta

O caso que envolve jóias apreendidas pela Receita Federal, que seriam um presente do governo da Arábia Saudita para o governo brasileiro durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é alvo de um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A ação foi protocolada  nesta quarta-feira (8).

O vice-líder do governo Rogério Correia (PT-MG) e o deputado Túlio Gadelha (Rede-PE) tentam reunir as 171 assinaturas exigidas regimentalmente para entregar o requerimento ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

A ideia é acelerar a coleta das assinaturas, iniciada ontem à tarde, para evitar que o pedido entre em uma fila extensa e perca o “timing” para as investigações. Cerca de 50 deputados apoiaram formalmente a iniciativa até o começo da noite desta quarta-feira (8).

Para Rogério Correia, todos os indícios até aqui levam à conclusão de que as jóias enviadas por sauditas a Michelle e Bolsonaro não são presentes, mas pagamento de propina em troca de negócios com o governo brasileiro. Daí, defende o deputado, a necessidade de se abrir uma investigação no Congresso.

O deputado também prega a necessidade de se investigar o tipo de pressão exercida por Bolsonaro em órgãos públicos como a Receita Federal. O ex-presidente teria tentado ao menos oito vezes reaver o conjunto de jóias avaliado em R$ 16,5 milhões remetido, supostamente, a Michelle pelo governo saudita. Ele queria liberar os presentes sem pagar imposto, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

Para Correia, está claro que Bolsonaro mentiu. Inicialmente, o ex-presidente afirmou que não podia ser acusado de nada porque não havia pedido nem recebido qualquer presente. Mas um recibo comprovou que ele visualizou a entrega de um relógio também enviado pela Arábia Saudita. O ex-presidente confirmou, em entrevista à CNN Brasil, que recebeu o presente, que acabou incorporado ao seu acervo pessoal.

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