Caso Flordelis apressa retorno do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados
Conselho estava com os trabalhos suspensos desde março
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O caso Flordelis apressou o retorno do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que está com os trabalhos suspensos desde março. Na quarta-feira (9), está prevista a votação de um projeto de resolução (53/20) que permite o funcionamento de algumas comissões e do Conselho, usando o mesmo sistema do Plenário da Casa.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que é grave e constrangedor o caso da deputada federal Flordelis, que é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. De toda forma, afirmou que é indispensável respeitar os prazos regimentais e garantir o direito de defesa da parlamentar. "O direito de defesa tem que ser respeitado mesmo sendo um fato muito grave e constrangedor para todos", registrou.
O deputado Léo Motta (PSL-MG) já solicitou a instauração de uma representação contra a deputada Flordelis por quebra de decoro parlamentar. O pedido deve ser analisado com a volta dos trabalhos do Conselho de Ética. Por meio da nota, divulgada na sexta (4), a deputada diz que "existe evidente erro na conclusão das investigações". "Não posso ser julgada e muito menos condenada, antes que todo o processo seja concluído. Os equívocos encontrados serão esclarecidos e tenho plena convicção de que irei provar a minha inocência quanto ao assassinato de meu marido e que os envolvidos no crime, sejam eles quem forem, responderão pelos seus atos". O texto ainda trata da representação na Câmara. "Quanto ao Conselho de Ética, conto com a sua imparcialidade e isonomia nesse processo, meu direito de defesa deve ser respeitado, aguardando assim a apuração final de todas as partes que compõem o caso, sem que haja quebra do decoro parlamentar frente as acusações levianas atribuídas à minha pessoa pela investigação policial"