Caso João Alberto: movimento negro rejeita proposta de Carrefour e pede cassação de alvará
Grupo argumenta que a empresa tenta "invisibilizar a violência racista" ocorrida em Porto Alegre
Foto: Divulgação
O movimento negro 'Coalizão Negra por Direitos', que reúne diversas entidades negras do Brasil, rejeitou a proposta fornecida pelo supermercado Carrefour para a criação de um Comitê Externo de Diversidade e Inclusão.
De acordo com o grupo, a proposta é uma tentativa de "invisibilizar a violência racista que levou à óbito João Alberto Silveira de Freitas", homem negro morto após ser espancado por dois seguranças brancos em uma unidade da Carrefour em Porto Alegre.
O grupo também disse que irá entrar com um processo para a cassação do alvará de funcionamento do estabelecimento.
"O retorno do Carrefour não poderia ser mais negativo: inicialmente negou responsabilidade sobre o ocorrido, depois resolveu monetizar a vida interrompida tragicamente de João Alberto com a criação de um fundo de igualdade racial de valor irrisório ao lucro da empresa, e, por fim, buscará escamotear sua responsabilidade via comitê", informou a Coalizão.
