Caso Luighi: Cerro Porteño pede desculpa ao Palmeiras e promete banir torcedor que fez gestos racistas

O Cerro Porteño pediu desculpas, na noite de sábado (8), por meio de uma carta para a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, pelos gestos racistas feitos por um torcedor para o jogador Luighi, em jogo válido pela Conmebol Libertadores Sub-20. O clube paraguaio prometeu tomar as providências para banir o autor do ato de qualquer jogo da equipe e até de qualquer estádio do Paraguai.

“Expressamos nossas mais sinceras desculpas pelo lamentável e triste comportamento de certas pessoas que se encontravam nas tribunas, no jogo disputado no dia de ontem por parte de Palmeiras e Cerro Porteño. Em especial queremos expressar nossas desculpas aos jogadores Luighi e Figueiredo”, diz parte do comunicado.

Confira o comunicado completo do Cerro Porteño abaixo:

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) havia acionado a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), na sexta-feira (7), para pedir a exclusão do Cerro Porteño da competição continental de base, devido ao caso de racismo contra o atacante. A entidade também encaminhou a denúncia à Federação Internacional de Futebol (FIFA).

ENTENDA O CASO LUIGHI:

O atacante da categoria de base do Palmeiras foi alvo de uma ofensa racista por parte de um torcedor do Cerro Porteño, durante o confronto entre as equipes da Libertadores sub-20, no Paraguai. O clube alviverde venceu o duelo por 3 a 0.

Imagens da transmissão do jogo mostram o torcedor com uma criança no colo e o camisa 10 do Verdão, Figueiredo, ao se aproximar do jogador, o homem imitou um macaco na direção do atleta. Luighi se revoltou com a situação, levou cusparada enquanto se dirigia ao banco de reservas, deixou o campo chorando e, ao ser questionado por um repórter sobre como foi a partida, desabafou no pós-jogo.

"Não, não. É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime, não vai perguntar sobre isso? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? Ou a CBF, sei lá. Você não ia perguntar sobre isso, né? Não ia. É um crime o que ocorreu hoje. Isso aqui é formação, estamos aqui para aprender", desabafou o atacante.

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