Caso Marielle: Ronnie Lessa diz que irmãos Brazão monitoravam políticos do PSOL
Em delação homologada pelo STF, ex-policial militar confessou ter matado a vereadora
Foto: Reprodução/TV Globo
Em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-policial militar Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco, afirmou que o plano de espionar o PSOL não visava apenas a vereadora, mas também outros políticos do partido. Segundo ele, os irmãos Brazão infiltraram Laerte Silva de Lima e a esposa dele, Erileide Barbosa da Rocha, no PSOL.
O casal era um 'braço armado' da milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. No domingo (26), o Fantástico divulgou detalhes da delação de Ronnie Lessa. Foi a 1ª vez que ele admitiu ter praticado o crime que resultou na morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
“O Domingos [Brazão], por exemplo, não tem papas na língua. Ele simplesmente colocou, digamos assim, um espião no PSOL, no partido da Marielle. E o nome desse espião seria Laerte, que é uma pessoa do Rio das Pedras, que depois eu soube se tratar de um miliciano. Uma pessoa responsável por várias atividades da milícia lá. E essa pessoa trazia informações para os irmãos com relação ao PSOL em si”, disse Lessa.
“Não somente em relação à Marielle. Ele falava sempre do Marcelo Freixo. Falava do Renato Cinco. Tarcísio Motta... Falava dessa pessoa. E demonstrava, assim, um interesse diferenciado por essas pessoas, pelas pessoas do PSOL”, completou.
Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados por Lessa como autores intelectuais do crime, também estão presos.