Caso Marielle: vereador do Rio de Janeiro nega que milícia tenha influência política
Willian Coelho é uma das testemunhas do processo de cassação contra Chiquinho Brazão
Foto: Farol da Bahia
BRASÍLIA -- O vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro Willian Coelho (DC-RJ) negou que a milícia tenha algum tipo de influência na política do município. A declaração foi dada durante testemunho na sessão desta segunda-feira (15) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.
Nesta segunda, o colegiado ouve testemunhas do processo que pode levar à cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que está preso desde março de 2024, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
Perguntado pela relatora do caso no Conselho, deputada Jack Rocha (PT-ES), sobre a relação da milícia com a política do Rio de Janeiro, o vereador disse: "Existir a milícia é um fato notório, todos sabem que existe, agora afirmar que esse tipo de organização criminosa influencia na politica do RJ, isso eu já não acredito".
Jack Rocha também questionou o vereador se a Câmara de Vereadores do RJ tem debatido propostas para atuar no combate à milícia, o que Coelho também negou. "Não lembro nem de existir essa comissão na Câmara. Estou lá há onze anos e nunca vi a Câmara debater assunto sobre isso, com relação a milícia", afirmou.
Durante o testemunho, o vereador disse ainda que reagiu com espanto ao inquérito da Polícia Federal (PF) que apontou Chiquinho Brazão como um dos mandantes do assassinato de Marielle. "Até o momento não consigo acreditar. Brazão sempre foi uma pessoa muito tranquila e respeitosa com todos na Câmara, nunca percebi nenhum problema, sempre defendeu suas pautas com muita educação", pontuou.