Caso Moïse Kabagambe: restos mortais de congolês morto no RJ serão preservados
Ação permite que família realize rituais culturais e religiosos
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
No dia em que o assassinato do congolês Moïse Kabagambe completou três anos, uma ação permitiu a exumação gratuita e preservação dos restos mortais do refugiado, morto em um quiosque na orla da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
O processo de preservação, iniciado na sexta-feira (24), permite que a família de Moïse cumpra os rituais culturais e religiosos, evitando que o corpo fosse destinado ao ossário público.
Moïse foi espancado até a morte após ele cobrar uma uma dívida de trabalho no valor de R$ 200. No início de 2024, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro definiu que os três acusados pela morte serão julgados em júri popular.
Os réus Fábio Pirineus da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Brendon Alexander Luz da Silva vão responder por homicídio doloso triplamente qualificado. Eles estão presos desde fevereiro de 2022. O julgamento ainda não tem data para acontecer.
A medida que permitiu a exumação do corpo foi articulada pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, ao Comitê Estadual Intersetorial de Políticas de Atenção aos Refugiados e Migrantes.