Caso Sara Freitas: motorista que conduziu cantora gospel até o local do homicídio é condenado a mais de 20 anos de prisão
Gideão Duarte de Lima ainda levou os executores novamente ao local do crime para queimarem o corpo de Sara

Foto: Reprodução/TV Bahia
O motorista por aplicativo que integrou o grupo criminoso responsável pelo assassinato da cantora gospel Sara Freitas, na Bahia, foi condenado pelo crime, na terça-feira (15), após passar por Júri Popular.
Gideão Duarte de Lima foi o primeiro dos quatro investigados a ser julgado, ele é acusado por levar a cantora gospel até o local do assassinato. Os demais envolvidos, Ederlan Santos Mariano, Weslen Pablo Correia de Jesus e Victor Gabriel Oliveira Neves entraram com recurso e aguardam definição de julgamento.
Segundo as investigações da polícia, Gideão teria recebido R$ 400 para transportar Sara até o local onde estavam os executores, e em seguida conduzir os homens para a casa de Ederlan. Ele ainda voltou ao local do crime com os executores para a queima do corpo de Sara.
Conforme divulgado pelo advogado de acusação, Rogério Matos, Gideão foi condenado por homicídio qualificado, com agravo de ocultação de cadáver e associação criminosa. Ele foi submetido há 20 anos e 4 meses de prisão, que devem ser cumpridos, inicialmente, em regime fechado.
O motorista por aplicativo foi conduzido ao Fórum Desembargador Gerson Pereira dos Santos, em Dias D'Ávila, cidade na Região Metropolitana de Salvador (RMS) pouco mais das 9h, em uma viatura da Polícia Penal, escoltado pela PM.
A sessão teve duração de mais de 12h, onde foram ouvidas quatro testemunhas de acusação e três de defesa. O júri foi composto por cinco homens e duas mulheres.
Durante o julgamento, a acusação manteve a versão de que o investigado ficou 20 minutos esperando no carro, enquanto o crime era cometido. A defesa alegou que ele foi coagido a ficar no local.
Após o Júri, Gideão foi levado novamente ao sistema prisional, em Salvador, onde já estava enquanto aguardava julgamento.
Todos os quatro acusados pelo Ministério Público estadual (MP-BA) iriam a Júri Popular em agosto do ano passado, mas a defesa de Ederlan, Weslen Pablo e Victor Gabriel recorreram. Eles seguem no Complexo Penal da Mata Escura, na capital baiana.