Casos de chikungunya disparam 42% em meio à epidemia de dengue
Janeiro de 2024 registrou 29 mil casos prováveis da doença, com 4 mortes confirmadas e 30 em investigação

Foto: Agência Brasil
Os casos de chikungunya no Brasil apresentaram um aumento significativo de 42% em janeiro de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esta elevação ocorre em meio a uma epidemia de dengue que já causou 75 mortes desde o início do ano até a última quinta-feira (15).
No primeiro mês de 2024, foram registrados 29 mil casos prováveis de chikungunya, com 4 mortes confirmadas e outras 30 em fase de investigação. Em contraste, janeiro de 2023 contabilizou 20 mil casos prováveis. Esses dados são extraídos do painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde.
A chikungunya, considerada uma "prima" da dengue, é transmitida pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. Isso implica que regiões afetadas por epidemias de dengue estão suscetíveis a um aumento nos casos de chikungunya, especialmente em condições favoráveis para a proliferação do mosquito, como água parada e clima quente.
A taxa de incidência média de chikungunya no país atualmente é de 15,4 casos por 100 mil habitantes, com 56,8% dos casos prováveis em mulheres e 43,2% em homens. A faixa etária mais afetada é de 30 a 39 anos, seguida pelos grupos de 50 a 59 anos e 40 a 49 anos. Minas Gerais lidera em número absoluto de casos prováveis (22.675), seguido por São Paulo (1.555), Goiás (1.426) e Mato Grosso (828).