Michel Telles

Casos de otite aumentam cerca de 70% no verão

Problema auditivo pode ser desencadeado pelos banhos de praia e piscina, alerta presidente da Associação Baiana de Otorrinolaringologia

Por Michel Telles
Ás

Casos de otite aumentam cerca de 70% no verão

Foto: Divulgação

O verão é sinônimo de diversão para os baianos, mas também é uma estação que requer cautela quando o assunto é saúde, pois muita gente recorre às praias e piscinas para se refrescar por conta das altas temperaturas. O presidente da Associação Baiana de Otorrinolaringologia (ABAO), Marcos Juncal, faz um alerta para os problemas auditivos que podem ser desencadeados por estas práticas, quando não realizadas de forma cuidadosa. Segundo ele, os casos de otite - uma inflamação ou infecção no ouvido - aumentam em cerca de 70% nesta época do ano.

“O contato frequente e prolongado do ouvido com a água pode gerar uma lesão na pele que reveste o conduto auditivo, removendo a cera, que é a proteção natural contra a ação de bactérias e fungos. Sem ela, o ambiente fica propício à proliferação desses micro-organismos, gerando um desconforto ao paciente, como dor, diminuição da audição, zumbido, sensação de pressão e água no ouvido, dentre outros”, detalha o especialista em Otologia.

O médico ainda explica que os tipos mais comuns são a otite externa, causada na maioria das vezes pelo contato excessivo com água de praia e piscina, afetando principalmente crianças e bebês, e a otite média, que atinge o ouvido de forma mais profunda, afetando a partir do tímpano até os ossos que fazem parte do ouvido.

O diagnóstico da otite é feito somente por um otorrinolaringologista, profissional indicado também para recomendar o melhor tratamento que, na maioria das vezes, é realizado com o uso de antibióticos e antifúngicos, os quais são aplicados diretamente no ouvido e que dependem do tipo de otite da pessoa. Para Marcos Juncal, o paciente não deve se aventurar na automedicação e lista algumas dicas para evitar o problema.

- Evitar movimentos muito bruscos durante o mergulho.

- Não nadar nem mergulhar em águas poluídas.

- Fazer uso de protetor auricular ou tampão de ouvido para impedir a entrada de água no ouvido.

- Utilizar toalha limpa e seca nos ouvidos após nadar, mergulhar ou mesmo o banho.

- Não introduzir cotonetes, grampos ou outros objetos no canal externo do ouvido.

- Procurar auxílio médico para a orientação sobre a melhor forma de tratamento e investigação de qualquer persistência de sintomas desconfortáveis. 

 

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