Catarinense é promovido a primeiro bailarino no New York City Ballet: 'Pura felicidade'
Segundo a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, Jovani Furlan é o primeiro brasileiro a receber este título
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O bailarino catarinense Jovani Furlan, nascido em Joinville, se tornou um dos principais dançarinos da companhia "New York City Ballet", nos Estados Unidos. Segundo a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, onde ele começou a dançar balé, o jovem é o primeiro brasileiro a receber este título.
"Pura felicidade", disse Jovani, que tem 28 anos, em entrevista ao g1. O dançarino certificou que recebeu a notícia no sábado (26).
"Teve um pouquinho de construção [até o anúncio]. No dia anterior, recebi email do diretor, dizendo que ele queria falar comigo. Teve toda uma antecipação. Tive uma temporada com muitos papéis principais, dançando com bailarinas que estão lá há 20 anos no posto de primeiras-bailarinas. Amigos diziam que eu ia ser promovido", explicou.
"Só agradeci [aos diretores da companhia]. Mas o sentimento é de felicidade total", ressaltou o bailarino.
Jovani conheceu o balé ainda na infância, em sua cidade-natal. "Eu estava na quarta série em uma escola estadual. Representantes do Bolshoi [de Joinville] vieram na escola e perguntaram quem tinha interesse em fazer teste. Eu gostava de dançar nas festas da família. Minha vó sempre me apoiava, me falou 'faz o teste'", contou.
O bailarino tinha 10 anos quando começou a participar da Escola do Teatro Bolshoi em Joinville, onde permaneceu por sete anos. Aos 17 anos, ele participou de uma competição de dança no Estados Unidos e o diretor da companhia "Miami City Ballet" o ofereceu uma bolsa.
"Me mudei para Miami. Foi oferecido trabalho como estagiário em 2011, continuei dançando e fui subindo, recebendo mais papéis. Depois fui corpo de baile, solista até primeiro-bailarino", afirmou.
Após uma mudança na direção da companhia de Nova York, ele se candidatou e conquistou uma vaga. "Se você é uma pessoa que trabalha com artes performativas, seja teatro, seja dança, aqui é o lugar onde se estar nos Estados Unidos. É o pico da cultura, onde tem mais oportunidades de se trabalhar com isso, ou de estar assistindo", disse.
Como primeiro-bailarino, ele diz que espera uma continuação das dificuldades da arte. "O desafio é diário, comigo mesmo. Tem a nossa luta diária, a gente vai para a barra todo dia, não interessa a idade. Os desafios continuam os mesmos, todo dia tentar ser o melhor bailarino que eu puder", resumiu.